Sou Mineiro, de Campo Belo e Sou Cruzeiro desde pequeno.
Em 93 eu tinha 11 e assisti sozinho, pela Rede Record de televisão, única emissora a televisionar a copa naquela época. E foi em casa que vi Cleisson fazer de cabeça o gol que nos deu o título da primeira Copa do Brasil.
Em 1996 já com 14 anos, na semi final, contra o Flamengo eu e meu pai estávamos no Mineirão, e sair dali cantando vamos comer porco foi incrível. Desafio este que era quase impossível, pois, para isso tínhamos que bater a potência que era o Palmeiras/ Parmalat. A final assisti em Cambelo, como dizemos, e ver Veloso soltar a bola nos pés de Marcelo Ramos foi a glória e o Bi campeonato garantido. Time que seria campeão da Libertadores no ano seguinte, em jogo contra o Sport Cristal, que também junto de meu pai, comemoramos no Mineirão.
Em 2000 já não residia mais em minha terra, e sim no extremo sul de Minas, Camanducaia foi aonde assistimos aquela final. O extremo sul de Minas não é como Minas e torcer para o Cruzeiro ali é coisa para poucos. E foi como se estivesse em território paulista, que eu e meu pai comemoramos. Como crianças nos abraçamos e pulamos de alegria ao constatar que um milagre havia acontecido e a falta de Giovanne tinha passado por debaixo da barreira, havia passado por Rogerio Ceni e o gol histórico foi concretizado. TRI CAMPEÕES.
Em 2003 já na faculdade de comunicação, foi na Princesa do Sul de Minas, para os românticos, ou na cidade dos ETs para a maioria da população brasileira que assisti aquelas finais. Sim foi em Varginha MG que aplaudimos de pé o gol de letra de Alex, o Talento Azul, no primeiro jogo da final. E foi lá também que assistimos ao passeio que foi o segundo jogo, 3 x 1 no placar e o Tetra campeonato muito comemorado em ano épico para nós Cruzeirenses.
Agora em 2017 espero estar no Maior palco do futebol de Minas, e poder comemorar o penta da Copa do Brasil, do Maior time de Minas Gerais.
Para encerrar, além destes locais já mencionados, também já morei em São Paulo, Rio e Goiás. Quando cheguei ao Rio de Janeiro os novos amigos perguntavam;
-Pra que time tu torce? Eu respondia;
- Sou Cruzeiro uai; para eles aquilo não era normal e sempre vinha a frase;
- E aqui no Rio? Eu respondia;
- Aqui no Rio? Eu sou Cruzeiro uai.
Do Rio fui para São Paulo e a mesma pergunta aparecia;
- E aí Mineiro, pra que time você torce? Eu respondia;
- Sou Cruzeiro uai; e sempre ao ouvirem a resposta, vinha a pergunta;
- E aqui em Sampa? E eu respondia;
- Aqui em Sampa? Também sou Cruzeiro uai.
Resumindo, sozinho ou com muitos ao redor, em Minas ou fora de Minas, com meu pai ou sem ele, hoje em memória, eu sou Cruzeiro, com muito orgulho, com muito amor.
Estes são momentos que me trazem saudades. Saudades de pessoas, de lugares, e principalmente do meu pai, que me fez ser Cruzeiro e este é apenas um dos vários motivos que tenho de ser grato a ele.
#SOCIOCRUZEIRODIGITAL