Meu amor pelo cruzeiro nasceu muito antes de eu nascer, literalmente uma paixão que veio do berço. Meus pais sempre foram cruzeirenses e minhas avós também. Meus pais, estiveram juntos no jogo de maior público do mineirão e os olhos do meu pai brilham, toda vez que me contam a história daquele jogo, historia que eu já ouvi mil vezes, e continuo a amar escutar, da mesma forma que amo ouvir a minha avó materna contar sobre como acompanhou, vibrou e torceu pelo cruzeiro durante a campanha campeã da libertadores em 1976, e como aquele time fez história. E eu não podia ser diferente, graças a Deus, nasci, cresci, e vou morrer cruzeirense e pretendo contar para os meus filhos e netos todas as minhas lembranças com o clube que é meu maior orgulho e paixão. Minha primeira lembrança mais marcante com o Cruzeiro é da final da Copa do Brasil de 2003, do meu pai, Ronaldo, gritando após o final do jogo, e do momento em que ele começou a soltar foguetes em casa, nessa época, eu não entendia o porque dele gritar e estar tão feliz, tinha 4 anos e só gritava e comemorava por ver meu pai fazer isso. De lá pra cá se passaram 14 anos, e hoje eu entendo completamente o que foi a felicidade do meu pai, entendo porque ele gritava tanto, é AMOR! Amor esse que ele me ensinou e hoje eu vivo com muita intensidade e orgulho! E esse amor foi o que me fez perder aulas importantes na faculdade e sair de Ouro Preto para BH no jogo contra o Palmeiras. "Sara, você só pode tá ficando louca! O Cruzeiro não tá te dando nada, vai perder aula sem motivo?!" Tinha motivo sim, AMOR! Pedi uma amiga para comprar ingresso e fui, pela primeira vez pisei no mineirão sem meu pai que tava trabalhando e não podia ir, mas representei, gritei, cantei, chorei, sai do mineirão sem voz nenhuma, não consegui dormir quando cheguei em casa. Uma certeza eu tinha: ia na semi-final, e dessa vez com o cara que me ensinou a amar e me orgulhar de carregar essa camisa, MEU PAI. Mais uma vez larguei tudo pra ver o meu maior amor em campo, fui pro mineirão com a mesma camisa que fui em todos os jogos esse ano e vi o cruzeiro ganhar ou empatar em todos, em nenhum perder, supersticiosa como sempre, cantei, gritei, chorei, e vivi o meu momento mais feliz no futebol até aqui, ao lado da pessoa que me ensinou essa paixão, que literalmente veio de berço. Só entende todo esse amor, quem sente e vive. Não consegui ingresso pro jogo da final,
mas tenho certeza de que vou cantar minha paixão que vem de berço e apoiar o cruzeiro até o final em qualquer lugar que eu esteja porque é pra isso que eu sou cruzeirense. Não sei de onde vem tanto amor, não sei explicar como surgiu, só sei que eu quero viver e sentir esse amor por toda minha vida. Me chamam de louca, falam que isso é doença. Eu sou louca mesmo, EU SOU LOUCA E SOU CRUZEIRO, com muito orgulho e amor! (Na foto, eu e meu pai no mineirão depois que o jogo contra o Grêmio acabou) #SocioCruzeiroDigital