Quando há ocultação da identidade do pai – por exemplo, em casos de filhos extraconjugais, adoção ou quando a mãe se relacionou sexualmente com mais de um parceiro e não certeza quem é o pai de seu filho. A questão mais grave é a violação do direito de pertencimento. Essa é uma lei sistêmica que garante a ordem e o equilíbrio dentro das famílias, segundo os estudos do pensador alemão Bert Hellinger, o pai da Constelação Familiar, técnica terapêutica de cura emocional e solução de conflitos nos relacionamentos. Essa lei invisível que atua em todos os agrupamentos humanos e com ainda mais força nos clãs familiares, diz que todos os seus membros têm o direito de pertencer e possuem um lugar que só cabe a eles ocuparem no sistema. Há uma ideia disseminada na nossa sociedade de que pai é aquele quem cria. Nessa crença está embutida uma perigosa exclusão. Afinal, qual é a condição para que um homem se torne pai? Do ponto de vista da existência, basta que apenas conceba uma vida. O lugar e a função de um pai no sistema familiar, portanto, ninguém pode substituir ou lhe negar. Quando excluímos alguém de nossa alma e consciência, seja porque o tememos, o condenamos ou o esquecemos, há terríveis consequências. Quem rejeita o pai, por exemplo, rejeita a si mesmo e sente-se vazio, sem realização, sem propósito de vida.
Para algumas pessoas, fazer o exercício uma vez é o suficiente, enquanto para outras é bom fazer de tempos em tempos, até sentir que conseguiu realizar a mudança de postura interna. Este exercício de visualização com imagens internas é uma constelação que põe em marcha um movimento de transformação pessoal. Esse processo se dá de forma sutil, no nível energético, e não racional. Antes e depois dessa prática, é importante estar recolhido, centrado e presente. Assim, você vai potencializar os benefícios deste exercício. Procure um lugar tranquilo e silencioso, onde ninguém possa lhe interromper. Depois, é só ligar o áudio abaixo e começar a prática.