Conflito de Identidade de Gênero: Perspectivas Espirituais
Para além das controvérsias e panfletagens da era moderna, Dom Margarido propõe um curso em que busca a verdade sobre o assunto da Identidade de Gênero. Apenas os corajosos têm o ímpeto de desconstruir utopias fabricadas para enxergar a verdade que pode ofender ou iluminar, mas nunca cristalizar o que não tem embasamento nas leis universais. “Todo pecador tem um futuro assim como todo santo tem um passado, já dizia o Oscar Wilde. A evolução é um processo de separação do grosseiro e pesado para o sutil e leve”.
Quando o assunto é Identidade de Gênero, Dom Margarido acredita que a humanidade está perdida no Ego e retrocedendo quanto a função utilitária da vida que é criar, ser útil e servir à coletividade por meio do trabalho e de uma coexistência pacífica. “Essa ideia de modificar o corpo para provar-se ser de mulher ou homem é uma grande bobagem, não tem a menor relevância espiritual. O homem é um ser dual e sua missão é equilibrar os polos masculino e feminino, de forma a se tornar um ser andrógeno completo”.
O corpo físico é algo temporal que deve servir para sentir e experimentar a vida. Mas não se deve investir em mudanças severas como colocação de seios, nádegas, botox, cirurgias arriscadas para fins estéticos. “As rugas são importantes, tem sua finalidade para permitir a expressão das emoções. Um rosto enrijecido pelo silicone não demonstra se está triste ou alegre. O ser humano precisa expressar suas emoções livremente pelo rosto natural e pelo gestual do corpo. As emoções são nosso grande diferencial de criatura frente às demais criaturas ocultas no Universo”.
Dom Margarido acha que o importante é ter um corpo saudável que permita ir o mais longe possível na experiência. Um carro, seja ele Mercedez ou Fusca, tem o mesmo valor para o espírito, pois a função do veículo automotivo ou corporal é apenas transportar a alma do ponto A ao B. Se o carro tem adesivos, lantejoulas, um belo para-choque são detalhes descartáveis e ligados à ilusão do Ego.