A catástrofe socioambiental pela lama que vazou em Mariana, na região central de Minas Gerais, é examinada pelo autor sob uma ótica multidimensional e multidisciplinar para revelar a complexidade da tragédia. Na análise, são considerados os aspectos econômicos, socioculturais, político e técnico-reguladores relacionados a empreendimentos de alto risco operacional.
Identificar culpados e cobrar multas, denota um tipo de eficiência alinhada aos modelos do século passado que, de forma contumaz deixam abertas as possibilidades de novos assombros.
Para diagnosticar e tratar as vulnerabilidades, Fonseca recomenda conhecer tanto a história como a trajetória dos problemas que trazem em seu bojo o riscos privados "crônicos", anuídos pelo poder público leniente e que na sequencia, se transformam em transtornos operacionais "agudos" a produzir sofrimento humano, perdas patrimoniais e danos ambientais em magnitudes até então impensáveis.