Na África os búzios (ou cowries) já foram usados como dinheiro, constituindo moeda corrente. Atualmente são utilizados, não apenas na África mas também no Brasil e outros países com presença de religiões afrodescendentes, em adornos aplicados nas roupas dos Orixás formando desenhos; em colares chamados de fio-de-contas onde são colocados como fecho ou como brajá, imitando as escamas de uma cobra; e no jogo de búzios, pelos praticantes das religiões Batuque, Candomblé, Omolocô, Tambor de Mina, Umbanda, Xambá, Xangô do Nordeste, como objetos de comunicação com os orixás e em consultas ao futuro.
A origem dos búzios é médio-oriental, mais precisamente da região da atual Turquia. Penetrou na África junto com as invasões daqueles povos aos africanos. Segundo outras fontes, a concha seria originária das Ilhas Maldivas, no Oceano Índico [3], tendo sido introduzido na Africa Ocidental pelos portugueses, onde passou a funcionar como moeda de troca, em substituição à noz de cola.
Adotado pelas mulheres pelo fato de que o opelé-ifá e Opom-ifá (jogos divinatórios originalmente africano) é destinado somente aos homens.
O erindinlogum significa "dezesseis" e, a rigor, a palavra ioruba propriamente dita nada tem a ver com a concha marítima originária das Ilhas Maldivas. Antes da introdução das conchas pelos portugueses, o oráculo erindinlogum já era praticado pelos iorubas através da semente da Noz de Cola. As conchas, por serem mais duráveis, apenas substituíram a Noz de Cola. Por extensão, a palavra erindinlogum virou sinônimo das dezesseis conchas oraculares, mas cabe ressaltar que o método oracular já era praticado com a Noz de Cola.
Ao substituir a Noz de Cola, entrou na vida e na cultura iorubá e enraizou-se tão profundamente que hoje o merindilogum (jogo de búzios) é mais conhecido que o oráculo dos Babalaôs (o Opelé-ifá e Opom-ifá). É também o mais utilizado no Brasil.
No entanto, todos podem estudar e jogar esse oráculo, Seguindo a filosofia de Ifá.