Poupança: Pare de perder dinheiro

A poupança é uma das modalidades de investimento mais populares e tradicionais do Brasil, mas também uma das que oferecem menor rentabilidade. Isso se deve a alguns fatores, como:

A regra de remuneração da poupança, que depende da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia. Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), que é próxima de zero. Quando a Selic está igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de 70% da Selic mais a TR12. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano2, o que significa que a poupança rende cerca de 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano.

A inflação, que é o aumento geral dos preços dos bens e serviços. A inflação reduz o poder de compra do dinheiro e, portanto, afeta o retorno real dos investimentos. Se a inflação for maior do que o rendimento da poupança, o investidor terá perda de poder aquisitivo. Em 2022, por exemplo, a inflação medida pelo IPCA foi de 10,67%, enquanto o rendimento da poupança foi de 6,93%, resultando em uma perda real de 3,38%4.

A tributação, que é o imposto cobrado sobre os ganhos dos investimentos. A poupança tem uma vantagem nesse aspecto, pois é isenta de Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No entanto, outras modalidades de investimento também têm isenção ou alíquotas reduzidas desses impostos, como os fundos imobiliários, as debêntures incentivadas e os títulos públicos do Tesouro Direto.

Diante desses fatores, a poupança se mostra como um investimento pouco atrativo para quem busca rentabilidade e proteção contra a inflação. Existem outras opções no mercado financeiro que podem oferecer maior retorno e segurança para o investidor, desde que ele esteja disposto a estudar e se informar sobre elas.