O berço do texto que está em suas mãos foi o
tempo do isolamento social durante a explosão do
novo coronavírus, que gera a doença Covid 19 (mar-
ço – novembro 2020). Infelizmente, o vírus continua
vivo. São dias de meditação intensa com várias perguntas rolando na cabeça da gente: como foi que
apareceu esse vírus invisível e tão poderoso, que fez
parar o mundo inteiro? Quais serão as consequências? Como sair dessa situação de vulnerabilidade?
Quais lições de vida tirar? O que a fé no Deus da
Bíblia nos diz? O que significa ser discípulos e discí-
pulas de Jesus daqui para frente?
Pensar, ‘ruminar’, imaginar, refletir, pisando firme no chão, faz bem. Precisamos. Refletir é uma
palavra que vem da antiga língua latina que significa: curvar-se, dobrar-se sobre ações e fatos da
vida, para discernir bem e tomar decisões oportunas e corajosas. A palavra que começou a me atrair
mais a partir do isolamento social tem sido: CIDADANIA. Entendo cidadania como compromisso pela
vida da cidade, como luta pelo bem comum; como
um conjunto de valores profundamente humanos,
necessários para construir uma sociedade solidária,
acolhedora, participativa. Uma sociedade democrá-
tica, garantindo direitos, exigindo deveres. Podemos
olhar para o planeta como uma grande, imensa cidade, sem fronteiras e sem barreiras; uma cidade
planetária exigindo cidadania planetária. E não há
cidadania sem cidadãos. Estes são os que abraçam
em cheio os valores da cidadania