Formação em Psicanálise e Pensamento Decolonial
A Psicanálise nasce como uma área da medicina, em especial, da psiquiatria, pois nosso fundador, Sigmund Freud, era médico neurologista, e preocupado em desenvolver uma ciência, como base na medicina ocidental.
Durante muito tempo, a psicanálise, foi uma prática clinica, exclusiva de médicos, e só tardiamente, leigos começaram a realizar esta prática, a partir das escolas de formação, sempre seguindo o nosso tripé Teoria, Análise pessoal e Supervisão Clínica.
Neste sentido, abre-se espaço para refletir sobre estas bases da psicanálise, e ao longo da história, muitas escolas e psicanalistas foram implementando novos estilos e princípios teóricos ao manejo clínico, vide Jacques Lacan, que introduziu a Linguista, a Antropologia Estrutural e a Matemática como parâmetro de constituição teórica e prática da interpretação no setting analítico.
Portanto, a clínica vem evoluindo desde Freud, e hoje temos muitas vertentes. Porém, sempre dentro de parâmetros onde exista uma transmissão da psicanálise, a partir da própria análise, e suportada pela teoria e supervisão.
Nossa formação, portanto segue uma estrutura de formação tradicional, o que isso significa. Que seguimos parâmetros de formação de psicanalistas, que são as mesmas de todas as escolas regulares pelo mundo.
Retomando, neste sentido a escola Freudiana, e seguindo num segundo passo os autores que vieram desenvolvendo a clinica. Portanto, além da base fundamental freudiana, vamos navegar pela Escola de relação de Objeto (Klein, Winnicott, etc) teoria Lacaniana, entre outros (Reich, Abraham, Félix Guattari, Sandor Ferenczi, Bollas etc.).
Além disso, precisamos também estudar a Psicopatologia, ramo da medicina que tem como objetivo fornecer a referência, a classificação e a explicação para as modificações do modo de vida, do comportamento e da personalidade de um indivíduo, que se desviam da norma e/ou ocasionam sofrimento e são tidas como expressão de doenças mentais.