Chernobyl: Fatos Históricos e Estimativas de Doses
O acidente de Chernobyl foi a maior tragédia radioativa de toda a história. A explosão do reator nuclear causou uma enorme liberação de resíduos tóxicos em grandes áreas da Bielorrússia, da Ucrânia e da Rússia e a liberação desses resíduos radioativo da usina ocorreu por, pelo menos, dez dias. Os trabalhos de controle ocorreram entre 1986 e 1987 e envolveram 20 mil pessoas, que receberam diferentes doses de exposição à radiação. .
A população sofreu contaminação interna e externa. Em relação aos isótopos de iodo, devido a sua volatilidade, a exposição interna resultou da inalação nos primeiros dias após o acidente. Também houve ingestão de iodo, que permanece mais tempo que os isótopos de iodo considerados como meia vida curta.
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Como resultado desse acidente, o aumento da quantidade de casos de câncer na tireoide foi
aproximadamente quatro vezes em relação a quantidade média de casos que vinha ocorrendo na população. Para avaliar a dose absorvida pela população atingida, foram utilizados, dois meses após o acidente, filmes, Dosímetros Termoluminescentes, contadores de corpo inteiro, contadores para tireoide, entre outros tipos de métodos dosimétricos.
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A metodologia que foi usada para estimar a dose efetiva devido à exposição externa, teve como base o grande número de medidas de taxa de exposição e concentrações dos radionuclídeos no solo das áreas contaminadas; como também o acompanhamento da população sobrevivente em função da idade, estação, ocupação e tipo de moradia.