Clássico da literatura brasileira: O CORTIÇO

"O Cortiço" nos convida a uma imersão profunda na realidade de uma habitação coletiva no Rio de Janeiro do século XIX. A obra, marcada por um realismo cru e chocante, explora as relações sociais, a luta pela sobrevivência e a influência do meio sobre os indivíduos. O autor um microcosmo da sociedade, é retratado como um organismo vivo, onde os personagens se entrelaçam em uma teia de relações complexas e marcadas pela ambição, pelo desejo e pela miséria. A obra destaca a força do meio ambiente na formação dos indivíduos, mostrando como o cortiço, com suas características de promiscuidade e degradação, moldam o comportamento e a personalidade de seus moradores.

A história gira em torno de João Romão, um comerciante ambicioso e sem escrúpulos, que constrói um cortiço ao lado de sua venda com o objetivo de enriquecer. Ele é uma representação do "homem máquina", que faz de tudo para acumular bens e status, incluindo explorar trabalhadores e sua amante, Bertoleza, uma mulher negra que trabalha incansavelmente para ajudá-lo. O cortiço, por sua vez, é descrito como um organismo vivo, que cresce e abriga uma diversidade de personagens de diferentes origens e histórias.