Corpo & Responsabilidade na Clínica do Real
A psicanálise nasceu de uma pesquisa do corpo. Freud estudava as lesões neuroanatômicas advindas das alterações psíquicas quando se deparou com o fato de que a anatomia dessas alterações não correspondia à anatomia biológica. Verificou que há dois corpos. Um corpo biológico e um corpo sensível, psicanalítico. A distinção entre eles é ainda mais evidente em nossos dias. A manipulação que fazemos de nossos corpos é bom exemplo: preenchimento com silicone, tatuagem, corpo bombado.
A pesquisa de Sigmund Freud foi continuada por Jacques Lacan, para quem o corpo resiste a catalogações universais. Trata-se para ele de um corpo que implica responsabilidade sexual, um corpo que não se presta ao sentido, mas que ressoa. É a responsabilidade pelo inconsciente, pelo excesso, pela singularidade.
Aula 01 | O corpo de Freud a Lacan
Sintoma em Freud. O corpo da histérica. Do sintoma ao sinthoma, em Lacan. Pulsão de morte e silêncio do Real. O inconsciente considerado, não do ponto de vista da cadeia significante, mas da pulsão. A palavra que antes dizia, hoje toca (Jorge Forbes). Ressoar. Exemplo clínico.
Aula 02 | O corpo na economia do gozo e a clínica do Real
A imagem que temos de nosso corpo não corresponde ao corpo biológico, pois é medida pelo gozo. Passagem do corpo biológico (Körper) ao corpo erógeno (Leib). Pensar com os pés. Furo. Não há clínica sem ética. A clínica com portadores de doenças genéticas. Mais forte do que eu. Exemplo clínico.
Aula 03 | O corpo do analista e o caso clínico
A psicanálise só se transmite encarnada (na carne). O analista não é acomodativo, mas incomodativo. A presença do analista. Por de si e acessar o Real. Da palavra ao gesto do analista. O analista e o ator. A inscrição do ridículo. Exemplo clínico.
CURADORIA Elza Macedo
COORDENADOR CIENTÍFICO Jorge Forbes
Informações adicionais:
3 horas de curso
1 ano de acesso