Curso - Analgésicos, Anti-Inflamatórios não Esteroidais e Anestésicos Locais
Do ponto de vista farmacológico, deve haver cautela no tratamento da inflamação. Processo inflamatório localizado e autolimitado merece apenas medidas não medicamentosas ou medicamentos sintomáticos, como analgésicos. Inflamação causada por microrganismos justifica uso racional de antimicrobianos. Processos com maior repercussão sistêmica e caráter subagudo ou crônico exigem medidas sintomáticas e outras mais efetivas, para limitar diretamente a inflamação – anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ou corticosteroides, e medidas que modifiquem mecanismos causais básicos, anteriores à inflamação, nesse caso imunomoduladores ou fármacos modificadores do curso da doença (em inglês, disease modifying anti-rheumatic drugs – DMARDs).
Desta forma, impõe-se a compreensão minuciosa das diversas vias de percepção do dano, bem como de ativação, execução e controle da inflamação, para que se possam identificar moléculas protagonistas a serem escolhidas como alvo terapêutico na terapia direcionada e inteligente do processo de lesão.
Tratamento etiológico deve ser feito sempre que possível. O manejo sintomático depende de caráter, duração prevista e intensidade da dor, bem como da reação do paciente frente à dor e de suas experiências prévias em alívio de dor.