Livro Sangue Italiano - A Saga de Duas Famílias na Emigração
A HISTÓRIA DE EMIGRANTES
ITALIANOS NO INTERIOR PAULISTA
Uma epopeia de oito gerações
No livro SANGUE ITALIANO – A saga de duas famílias na emigração, Domenico Spano, descendente de italianos, reconstitui a história de um país a partir do seu período feudal, desde 1691 até a sua unificação, em 1861, para entender os motivos que, a partir de 1895, levaram milhões de italianos a abandonar sua pátria e seguir para um mundo desconhecido e cheio de incertezas, nas Américas e na Austrália.
Entre os fatos históricos narrados, por exemplo, a partir de 1884, quando o governo da então Província de São Paulo passou a pagar a passagem dos emigrantes com o objetivo de atrair trabalhadores braçais para as fazendas de café para ocupar o lugar dos escravos libertos. Ao mesmo tempo, nas aldeias italianas, agenciadores ofereciam contratos que garantiam trabalho, moradia e alimentação. Isso foi suficiente para atrair milhares de famílias que, sem trabalho e sem terras para cultivar, conviviam com a fome e a miséria.
Na época, verdadeiras hordas de emigrantes apinhavam os portos de Nápoles e Gênova para embarcar em navios precários em busca de uma nova vida. Os navios partiam com pessoas amontoadas, e devido à proliferação de doenças contagiosas muitos morriam durante a travessia. Ao desembarcarem, os colonos seguiam em vagões lotados para as fazendas de café, onde eram abrigados em pequenos casebres. Alguns anos se passariam e, aos poucos, aquelas famílias conquistariam sua dignidade e passariam a fazer parte da história do novo país que os acolheu.
Segundo o autor “Este livro é uma contribuição à chamada Grande Emigração Italiana, e muitos descendentes de italianos reconhecerão, imediatamente, experiências semelhantes vividas por suas famílias, especialmente aqueles cujas famílias se radicaram nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, entre outros, mas também aqueles cuja ascendência estabeleceu-se em países como Argentina e Uruguai.”