Naza me enviou um texto, havia terminado de escrever algo que o deixou excitado. Não consegui ler para compartilhar de sua excitação, mas quando o consegui registrei uma satisfação confidencial.
Terminei de ler. Adorei!
Demorei. Não devido a falta de interesse, mas às atribulações, daquelas que "cada vez que fujo, me aproximo mais". Porém, se soubesse que me faria tão bem!
A sua narrativa foi composta por uma bela amarração. Conseguiu "tecer junto" suas ideias e episódios numa moldura poética.
Revela-nos, nessa trajetória, as nuances da vida humana: "Reconhecer o fim, também pode ser prosseguir". E fecha com a sabia frase: "Não aceite outra coisa, senão a felicidade. Mas agarre-se à verdadeira".
Como havia me pedido fiz algumas considerações de leitora atenta, que vê em cada página um oásis para um mergulho profundo. Por acreditar que uma criação tão autêntica e desnuda não se pode revisar, apenas contemplar e deixar que percorra nossa vida, passeia pelas veias e dê a nossa existência mais sentido. Reforçando em nós o carinho e a saudade, que é o verdadeiro amor na ausência.
Marta Brandão - Poeta, Jornalista Literária, Presidente da Academia Mineirense de Letras e Artes.