O feminismo decolonial de Maria Lugones.

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Qual a diferença entre um feminismo pós-colonial e o chamado feminismo decolonial? Nascido das reflexões da América Latina, o feminismo decolonial se preocupa em pensar como a colonialidade do poder desestrutura as relações comunais que existiam na América Latina e introduzem a subjugação das mulheres de cor aos homens – inclusive aos homens de cor. Maria Lugones, argentina que por muitos anos deu aulas em Nova York, questiona a indiferença dos homens de cor às violências sofridas por mulheres de cor. A filósofa e ativista usa propositadamente a expressão “mulheres de cor” pensando na possibilidade de uma coalizão aberta e orgânica que reúna mulheres subalternas (e não como uma identidade que separa). Os marcos epistemológicos da reflexão de Lugones são os feminismos de mulheres de cor e as análises de Aníbal Quijano sobre a colonialidade do poder que implica uma colonialidade do ser e uma colonialidade do saber.

Essa aula é importante para pensarmos esta vertente dos discursos feministas que foram postos à margem de um feminismo europeizado. A compreensão do que significa a colonialidade é importante para enxergarmos de maneira crítica relações globais que oprimem grupos de pessoas e indivíduos de maneiras diferentes em lugares diferentes e, assim, vislumbrarmos a possibilidade de liberação do colonialismo.

A docente é professora de filosofia moderna da USP. Participa como coordenadora grupo de estudos sobre feminismos e do Conselho de Inclusão e Pertencimento, ambos da USP e preside a Comissão de Defesa de Direitos Humanos da FFLCH-USP. Ela é autora de livros de fisolofia, além de possuir inúmeros artigos científicos.

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