Consumismo no Brasil - imagem de um homem comprando pelo seu smartphone

Empreendedorismo digital

Quais são as tendências do consumismo no Brasil?

Entenda melhor para onde caminha os hábitos de consumo dos brasileiros.

Hotmart

26/05/2018 | Por Hotmart

O que veremos nesse post:

Os hábitos de consumo do brasileiro mudaram bastante nos últimos anos e o mercado teve que se adaptar para lidar com todas estas transformações.

Diante de uma sociedade cada vez mais consumista, muitas são as dúvidas sobre os reflexos desta realidade para nosso país.

  • O que o consumismo representa?
  • Quais são suas características?
  • Como consumir conscientemente?
  • O que podemos esperar do consumismo no Brasil no futuro?

Essas e muitas outras perguntas precisam ser discutidas, se quisermos compreender para onde caminha o consumismo no Brasil.

Tem interesse pelo tema? Continue com a gente. Neste texto, vamos falar detalhadamente sobre consumismo, hábitos de consumo e seus desdobramentos.

O que é consumismo?

Se buscarmos pelo termo consumismo no dicionário, encontraremos a seguinte definição: “Hábito ou ação de consumir muito, em geral, sem necessidade”.

A própria definição já carrega uma ideia negativa, pois aponta para um consumo supérfluo, ou seja, que não traz solução para nenhum problema real do consumidor.

Sendo assim, consumismo é a palavra normalmente usada para definir um consumo desenfreado e excessivo. É o ato de comprar apenas por comprar, sem que aquela compra tenha sido devidamente planejada e necessária.

O consumismo no Brasil pode ajudar o país?

As transformações no comportamento do consumidor brasileiro abriram espaço para muitas discussões e reflexões sobre o futuro do país.

Por mais que o fato de estarmos cada vez mais consumistas seja fonte de muitas preocupações e críticas, há alguns pontos que são encarados como positivos nesta realidade.

Um período de crescimento do consumismo poderia significar, por exemplo, o aumento do poder de compra da população, como reflexo de uma diminuição da taxa de desemprego e salários justos.

Para o mercado e para os empreendedores, uma sociedade mais propensa a gastar dinheiro pode representar o quadro ideal.

Afinal, se o consumidor não pensa criticamente sobre aquele consumo, será necessário pouco esforço para convencê-lo a realizar compras. E isso leva ao alavancamento das vendas, aumento do lucro e movimentação de caixa.

Entretanto, não dá para ignorar os aspectos econômicos no nível individual, principalmente nós, brasileiros, que vivemos em situação de extrema desigualdade social.

O consumismo no Brasil atinge todas as parcelas da população, e não são todos que conseguem bancar esse consumo excessivo por muito tempo.

Além disso, o consumismo faz com que milhares de pessoas tentem viver em condições que não são compatíveis com sua realidade financeira, levando a um aumento de buscas por linhas de crédito, empréstimos e, muitas vezes, à falência.

No fim, a questão que fica é: compensa pagar o preço que pagamos para aquecer a economia e movimentar o comércio?

O consumo é consciente?

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), apenas 3 entre 10 brasileiros podem ser considerados consumidores conscientes.

A pesquisa levou em consideração os hábitos e comportamentos dos entrevistados e analisou não apenas as práticas financeiras, mas também sociais e ambientais.

Em todas as três categorias, os resultados obtidos foram abaixo do ideal, o que aponta para a necessidade de muita mudança e conscientização da população, se pretendemos realmente lidar com o consumo de forma mais saudável.  

Se falamos anteriormente que o consumismo pode trazer algo positivo para o país na dimensão da economia, essa é a hora de falar das outras dimensões do consumo e de seu excesso.

Vivemos em uma sociedade que nos diz que, para termos qualidade de vida e sermos felizes, é necessário consumir e ter cada vez mais bens materiais.

Compramos por impulso, com a sensação de que aquilo vai preencher um vazio e ajudar a alcançar um determinado status. Mas compramos produtos que não queremos, que não precisamos e que não nos agregam nenhum valor. E aí voltamos para a estaca zero.

Diante dessa realidade, o consumismo no Brasil e no mundo leva as pessoas a um estado de frustração constante, o que impacta diretamente a saúde mental de nossa sociedade.

Há, ainda, que se considerar a questão ambiental.

Para dar conta de uma demanda incessante por mais produtos e bens, é necessário produzir em altíssima escala. Não há meio ambiente que aguente fornecer tanta matéria prima, receber uma quantidade tão grande de lixo e lidar com tamanha poluição.

Como reduzir o consumismo?

Pensar o consumismo de forma crítica não significa condenar todo e qualquer tipo de consumo.

Por mais que a gente esteja vivendo uma época marcada pelo consumo desenfreado, começam a surgir tendências que vão na contramão desse pensamento e mostram um caminho mais consciente e sustentável.

Estão surgindo cada vez mais marcas preocupadas com os materiais e processos de produção de seus produtos, dedicadas em adotar atitudes mais ecológicas e menos poluentes.

Além disso, vemos também um crescimento de empresas e empreendedores batendo na tecla de nossa necessidade de comprar menos, para comprar melhor – por mais que isso pareça ser uma ação contrária ao marketing.

Entretanto, individualmente, também podemos fazer algumas mudanças para reduzir o consumismo e transformar nossa relação com o que compramos.

Separamos algumas dicas para te ajudar nesse processo. São pequenas atitudes que significam muito, tanto para o planeta quanto para seu bolso.

Anote suas despesas em uma planilha

Para saber exatamente para onde está indo seu dinheiro, é interessante anotar todas suas despesas em uma planilha.

Você pode separá-la em categorias, de acordo com o tipo de gasto como, por exemplo: alimentação, lazer, compras para casa, transporte, viagens, entre outros.

Ao fazer isso, você consegue ter uma visão geral de seus gastos, descobrir com o que mais gasta e quais são seus pontos fracos como consumidor, ou seja, onde você gasta dinheiro desnecessariamente.

Mas não se esqueça de anotar tudo, principalmente as pequenas compras do dia a dia. Muitas vezes, é nesses pequenos gastos que descobrimos nosso lado consumista.

Evite comprar por impulso

Um dos maiores aliados do consumismo é o impulso.

Sabe aquele momento em que você vê a promoção de um produto que nunca nem pensou em ter e, só por estar mais barato, resolve adquiri-lo?

Evitar fazer esse tipo de compra é um dos passos mais importantes para quem está buscando um consumo consciente. Parece difícil resistir à tentação, mas é possível!

Na hora de comprar algo com preço promocional, pensamos apenas no quanto vamos economizar.

Se o produto custava R$150,00 e está sendo vendido por R$90,00, logo nos sentimos em vantagem por economizar R$60,00. Mas, na verdade, estamos apenas gastando R$90,00. Sem comprar, não gastaríamos nenhum centavo em algo que nem estamos precisando.

Tente aplicar esse pensamento para todas as compras, mesmo para aquelas bem baratas. Comprar algo só porque custa R$1,99 também não é consumo consciente, mas sim por impulso.

Entenda a diferença entre o precisar e o querer

Muitas marcas usam estratégias de marketing que tentam mostrar para o consumidor que seu produto é algo que ele precisa ter para conseguir alcançar seus objetivos.

Seja para se tornar mais saudável, mais bonito, mais moderno ou mais interessante, somos bombardeados a todo momento com propagandas que lucram em cima de nossa dificuldade de diferenciar o que realmente precisamos do que apenas queremos.

Nossa dica é que você comece a exercitar essa reflexão diariamente, para que reconheça quando estiver prestes a fazer uma compra apenas por desejo, sem que aquele produto ou serviço tenha uma utilidade para você.

Será que é mesmo necessário comprar mais uma peça de roupa se em seu armário existem tantas que você não usa há meses?

Será que você precisa mesmo de uma televisão nova?

Será que não dá para consertar o produto que você já tem e, assim, evitar uma nova compra?

Essas perguntas são algumas das que você pode começar a se fazer antes de decidir fechar uma compra.

Com o tempo, essa distinção vai ficando mais fácil e você vai começar a ver que não precisa, mesmo, de tantas coisas. Seu dinheiro vai começar a render mais e você vai poder investir em produtos e experiências que realmente agregam valor para sua vida.

Pesquise bastante antes de comprar

Vamos supor que você refletiu bastante sobre uma compra e concluiu que realmente será necessário adquirir aquele determinado produto.

A próxima etapa, para dar continuidade ao ciclo de consumo consciente, é pesquisar bastante antes de realizar a compra.

É importante verificar marcas, preços, modelos, vantagens e desvantagens do máximo de opções possível, para que você consiga fazer uma boa compra, que realmente atenderá às suas necessidades.

Além disso, consumir conscientemente é uma forma de diminuir nossos impactos no meio em que vivemos.

Observar o modo de produção, os materiais daquele produto e de sua embalagem, sua vida útil, as condições dos trabalhadores que o produziram, por exemplo, são meios de compreender melhor o que você está adquirindo e escolher opções mais sustentáveis e éticas.

Consuma conscientemente

Conforme mostramos no texto de hoje, por mais que nossa sociedade esteja passando por um período mais consumista, há uma tendência de desaceleração desse consumo desenfreado, excessivo e despreocupado com seus impactos sociais, econômicos e ambientais.

Diante disso, muitas pessoas que enxergavam no consumismo no Brasil uma oportunidade de se tornar empreendedor, começam a se perguntar se ter um negócio próprio realmente compensa na situação atual.

Lembramos que consumo é diferente de consumismo e que há, sim, como existir um consumo consciente, que realmente agrega valor para os consumidores, ajuda a economia e gera renda para os empreendedores.

Está pensando em empreender, mas ainda tem dúvidas? Confira nosso post que mostra se o empreendedorismo no Brasil ainda vale a pena.