Os 9 principais erros de português que devem ser evitados em um post
Entenda o que é gramaticalmente inadequado na escrita.
O que veremos nesse post:
Para arrasar na escrita para a web é preciso estar atento a uma série de fatores. Entretanto, algo tão básico quanto erros de português pode prejudicar o desempenho de um conteúdo e minar sua autoridade.
Por causa disso, quando você decide escolher pela carreira freelance e escolhe a produção de conteúdo como sua principal área de atuação, estudar português passa a ser uma necessidade básica.
É que, o que aprendemos na escola, nem sempre se reflete em ortografia e gramática perfeitas mais tarde.
Os erros de português podem ser influenciados pelo uso de expressões equivocadas que ouvimos ao longo de nossa vida, pelas novas regras da língua adotadas há pouco e até pela atenção que você dedica à tarefa de escrever.
É exatamente por esse motivo que reforçar seus conhecimentos sobre a língua deve ser uma tarefa constante e um guia como esse pode ajudá-lo.
Quer conhecer alguns dos principais vacilos que alguém pode cometer em nosso idioma? Confira a lista abaixo e veja se você não está caindo nessas armadilhas!
1. Há ou a
O verbo haver e o a costumam ser confundidos frequentemente, principalmente pelos brasileiros, de acordo com uma pesquisa publicada pela linguista Camila Rocha Irmer.
Decidir-se entre qual deles usar é uma tarefa muito simples, depois que você conhece bem a aplicação adequada de cada uma dessas palavras.
É que o há é sempre passado de haver e pode ser substituído nas frases pela palavra faz ou fez.
Os exemplos abaixo são uma boa indicação disso:
- Nos conhecemos há milênios!
- Nos encontramos há um bom tempo.
- Pedro e eu estamos há anos investindo nessa ideia.
Porém, o a é só uma referência a distância. Então, ele nunca deve ser trocado pelo há em frases como as que citaremos a seguir:
- O hospital veterinário mais próximo fica a 200km, na capital.
- A feira acontece a 30m daqui, dá para ir a pé.
Faça sempre a distinção entre distância e tempo para saber qual dos dois aplicar em sua escrita!
2. Em vez de ou ao invés de
Outro ponto em que podemos nos confundir ao escrever é utilizando os termos em vez de e ao invés de. É que um deles indica a oposição de ideias, enquanto o outro simplesmente é utilizado para denotar a substituição de um conceito por outro.
Pode parecer que tratam-se da mesma coisa, mesmo depois de se ler essa simples definição, mas o em vez de e o ao invés de são bem diferentes formalmente.
Quando falamos na oposição de ideias, estamos sendo literais. Ou seja, queremos indicar que o ao invés de precisa, necessariamente, fazer com que aquilo que é assumido inicialmente se inverta. Como quando são utilizadas palavras opostas tipo subir e descer.
- Ao invés de subir para a festa, desci para casa.
- Ao invés de entrar na faculdade, saí do país.
Já o em vez de é aplicado em todos os outros casos, quando as ideias não são exatamente opostas, mas sim substituem umas às outras. Pense nos exemplos abaixo:
- Em vez de ir à reunião, o cliente optou por fazer uma call.
- Em vez de me ligar, Patrícia mandou um e-mail.
- Em vez de entrar na justiça, optamos pela conciliação.
Se uma coisa não se opõe obviamente a outra, guarde o ao invés de para outra ocasião e opte pelo em vez de em sua construção frasal.
3. Vir, ver e vier
A conjugação de vir, ver e vier pode causar confusão para muitas pessoas e é outro daqueles erros de destaque na língua portuguesa.
Entretanto, com as dicas a seguir, você conseguirá ser uma das pessoas que jamais comete esse erro.
O vir é utilizado com relação ao verbo ver. Ele se aplica em frases como:
- Quando você o vir, dê meu recado.
- Quando eu vir essa criança, ela será punida pelo que fez.
- Assim que o vir, lhe abraçarei.
Já o ver é o mesmo verbo, mas em outro tempo verbal. Ele é empregado da seguinte forma:
- Quero muito ver esse filme!
- Já vamos ver quem é o melhor na sinuca.
- Nunca mais vou ver meus pais.
O vier, por outro lado, é a conjugação do verbo ir. Portanto:
- Quando eu vier da feira, falaremos sobre isso.
- Assim que ele vier, o levarei a todos os nossos pontos turísticos.
- “Vieste, com a cara e a coragem.” (Ivan Lins)
4. Ao encontro de ou de encontro a
Ao encontro de e de encontro a são utilizados para expressar ideias opostas.
O primeiro denota harmonia, ou seja, que duas coisas estão em conformidade. O utilizamos toda vez que precisamos expressar que algo aconteceu exatamente conforme esperávamos.
Já o de encontro a indica uma oposição. Ele só pode ser utilizado, na língua portuguesa, quando queremos deixar claro que duas coisas que não têm muito a ver com a outra aconteceram.
Para escrever bem, fique atento a isso e evite vacilar!
5. Quite ou quites
A palavra quites deve sempre concordar com o substantivo ao qual se refere.
Por isso:
- O contribuinte está quite com a receita federal, enquanto os contribuintes estão quites com a receita federal.
Uma pessoa só, todavia, jamais pode ser conjugada no plural com relação a essa palavra porque isso seria um erro de português.
6. Onde ou aonde
A palavra onde sempre se refere a um determinado lugar. Por causa disso, ela nunca pode ser utilizada para se referir a um tempo (onde como sinônimo de quando) ou para indicar outro estado.
O onde é sempre permanente, já que lugares são estáticos e devemos nos lembrar disso ao construir frases utilizando o termo.
- Onde deixei minhas baquetas?
- Onde está Ana?
- Onde fica a loja do senhor Antônio?
Já o aonde se refere a movimento, ou seja, ao fato de que alguém ou alguma coisa está indo em certa direção. Sua aplicação é mais adequada em frases como:
- Aonde vamos essa noite?
- Aonde foi parar seu juízo?
- Ainda não entendemos aonde você quer chegar.
7. Uso da vírgula antes de expressões como etc
Você nunca sabe se é adequado colocar ou não a vírgula antes do etc?
Vamos ajudá-lo a determinar, de uma vez por todas, qual é a maneira certa de proceder nesses casos.
No geral, gramáticos têm uma maneira de olhar para esse problema que é muito simples depois que você a conhece.
É que o etc vem da expressão latina et cetera que significa, literalmente, e outras coisas.
Então, o que esses profissionais apontam é que não deveríamos utilizar a vírgula, afinal, jamais a aplicamos nos textos quando dizemos e + alguma coisa.
Você pode adotar a regra acima para lidar com o problema, embora ela seja considerada um preciosismo por outros estudiosos do idioma.
8. Responder o ou responder ao
É muito comum criarmos algumas regras em nossa cabeça que se sobrepõem ao português formal.
Como, muitas vezes, ao falar não notamos a aplicação de determinadas preposições, podemos nos esquecer que algumas palavras exigem um objeto indireto para funcionarem na língua escrita. Esse é o caso do responder o.
Essa construção frasal está sempre errada, pois quem responde, responde a alguma coisa ou a alguém. Então:
- Respondemos ao Rafael;
- Respondi ao e-mail;
- Responderei a você.
Essas são as maneiras adequadas de utilizar esse verbo.
9. A nível de ou em nível de
Outro ponto em que muitos redatores costumam errar é no emprego das duas expressões acima.
É que, por tornarem nossa forma de falar mais elegante, elas são frequentemente confundidas entre si.
A nível de e em nível de têm significados diferentes e é preciso estar atento para não se confundir.
Uma coisa está a nível de quando está no mesmo nível que algo. Ou seja, sua casa pode ter sido construída a nível do mar e essa seria a aplicação adequada dessa palavra.
Já quando queremos demonstrar que duas instâncias estão no mesmo âmbito, o certo é optar pelo em nível de.
Erros de português são um problema na escrita para a web e na vida profissional de forma geral. Eles podem minar a credibilidade daquilo que você fala porque, ao serem percebidos pelo leitor, dão a impressão de desleixo ou falta de conhecimento na produção de um conteúdo.
Por isso, além de aprender as dicas que passamos aqui, recomendamos que você procure contar, sempre que possível, com a ajuda de um revisor ou com softwares de revisão que possam tornar seu trabalho mais simples.
O revisor tem um grande papel na produção de conteúdo porque garante não só a qualidade técnica de um material, como sua leiturabilidade.
Afinal, ele é treinado para levar em consideração fatores como escaneabilidade de um texto, a distribuição de seus parágrafos e o emprego de palavras-chave, que pode e vai influenciar o posicionamento de um artigo nas buscas do Google.
Mas, mais que um responsável por botar a casa em ordem, um revisor é a pessoa que olhará para sua escrita em particular e indicará pontos que podem ser melhorados ao longo do tempo.
Se não puder contar com um parceiro desses procure, pelo menos, seguir as orientações gramaticais dadas por seu corretor automático e sempre tire dúvidas que surgirem ao longo da escrita em gramáticas e outras fontes autoritativas encontradas no Google. E empregue a tecnologia a seu favor!
Guest post produzido pela equipe da Comunidade Rock Content.