Marketing Digital

Descubra o que é Clickbait e por que evitar esta prática

O clickbait — ou "isca de clique", na tradução para o português — é um conteúdo que faz promessas exageradas e até milagrosas para levar os usuários até uma determinada página da web ou vídeo do YouTube.

O que é clickbait e por que não usá-lo na sua estratégia?

Alguma vez, ao navegar pela Internet, você se deparou com um post nas redes sociais, um vídeo ou um e-mail que prometia resolver todos os seus problemas? Assim, como uma fórmula milagrosa para enriquecer, como um método para perder peso em poucos dias ou até como um novo produto revolucionário?

Quem nunca parou tudo que estava fazendo para clicar no link e conferir a oferta irresistível para, em seguida, perceber que o conteúdo não cumpria a promessa do título, que atire a primeira pedra! Acredite: isso é mais comum do que parece e todo mundo já passou por essa situação pelo menos uma vez.

Nessas horas, a sensação é de que fomos “fisgados” por uma isca absolutamente irresistível e a essa tentação nós damos o nome de clickbait.

Neste artigo, você vai entender mais sobre essa prática tão comum no ambiente digital e por que é tão necessário evitá-la em suas estratégias de marketing. Vamos nessa?

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O que é o clickbait? Para que serve o clickbait? Por que o clickbait funciona? Como identificar um clickbait? Por que você não deve usar o clickbait? Por que abandonar de vez o clickbait?
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O que é o clickbait?

O clickbait — ou “isca de clique”, na tradução para o português — é um conteúdo que faz promessas exageradas e até milagrosas para levar os usuários até uma determinada página da web ou estimulá-los a clicar em um vídeo publicado em um canal do YouTube, por exemplo.

Esse tipo de atrativo geralmente “fisga” a atenção do público com títulos e chamadas tentadoras e, inclusive, sensacionalistas, como “Você não vai acreditar nisso!” ou “Você nunca vai descobrir o que aconteceu!”.

No entanto, um clickbait não cumpre as suas promessas e, na prática, mente para o usuário. O recurso funciona como as iscas de pesca: ele promete algum segredo ou uma solução milagrosa para um problema. Assim, os leitores se sentem “fisgados” e não pensam duas vezes antes de clicar no conteúdo.

Muitos empreendedores, especialmente os pequenos negócios que querem resultados instantâneos, tendem a usar o clickbait porque ele representa uma maneira extremamente rápida de gerar tráfego online. E com mais tráfego, haverá mais clientes em potencial e, consequentemente, mais chances de vendas.

O problema é que, como as promessas do título quase nunca são cumpridas, esses usuários se sentem enganados e abandonam a marca posteriormente.

Para que serve o clickbait?

De forma geral, é possível afirmar que o recurso tem como finalidade primordial a geração de tráfego para páginas que monetizam o próprio espaço com publicidade.

A grande verdade é que, cada vez mais, o marketing de conteúdo tem sido valorizado pelas empresas e, nesse contexto, o clickbait representa um fator emocional para o usuário por meio de uma chamada muito marcante.

Assim, dominado pela curiosidade, dificilmente o leitor não clicará no conteúdo. O ponto negativo é que, na maior parte das vezes, ao ser direcionado para outra página, ele percebe que a realidade não condiz com a “promessa” sensacionalista ou as informações são muito “vazias”, não agregando valor.

Isso acontece porque o objetivo do clickbait é exclusivamente garantir o clique, mas não a permanência do visitante.

Por que o clickbait funciona?

Se o clickbait consiste em usar uma escrita sensacionalista ou mentirosa para atrair cliques e tráfego, por que ainda existem pessoas que se deixam enganar? Inclusive, por que ainda existem empresas e profissionais que insistem nessa prática?

Na verdade, a resposta é bastante simples. O clickbait usa uma série de recursos que atraem de maneira irresistível a atenção do público, já que explora sentimentos que todos nós temos e que são, basicamente, irracionais. Entre esses recursos, nós podemos citar:

  • os medos que os seus clientes possam ter;
  • o desejo por algum bem ou por um objetivo ainda não conquistado;
  • uma dor ou uma dificuldade enfrentada pelos consumidores;
  • a curiosidade.

Além disso, é muito comum que as chamadas de clickbaits usem e abusem de gatilhos mentais — basta saber a forma “certa” de escrever e tornar a chamada atrativa. Isso atrai ainda mais a atenção do leitor, tornando praticamente impossível resistir e não clicar no link.

Ou seja, mesmo sendo uma prática extremamente condenável, o clickbait é um recurso que acaba, sim, levando a um aumento do tráfego. Contudo, como você entenderá mais para a frente, não vale a pena!

Como identificar um clickbait?

Agora que você já domina o conceito e a ideia por trás do recurso, é hora de entender como identificar um clickbait. Reconhecê-lo, na verdade, não é nada complexo, já que comumente são utilizadas algumas técnicas de produção, que envolvem:

  • a utilização de imagens que não significam muita coisa, mas que despertam a curiosidade do usuário;
  • o uso de vídeos ou de imagens engraçados ou discrepantes;
  • o emprego de imagens ou chamadas sensacionalistas;
  • o uso excessivo de gatilhos mentais de urgência, como se o usuário não pudesse perder nem mesmo um segundo sem descobrir do que a chamada se trata;
  • a utilização exagerada de exclamações;
  • a concessão de descontos exagerados em determinados produtos ou serviços;
  • o emprego de títulos altamente apelativos e que são capazes de provocar emoções específicas e intensas, como indignação;
  • a publicação de um conteúdo que induza ao compartilhamento nas mídias sociais;
  • a realização de promoções com a prática de preços que fogem do padrão etc.

De forma geral, um clickbait não necessariamente apresentará todas essas características, mas, normalmente, há, pelo menos, uma ou duas delas presentes.

Os exemplos mais comuns de clickbait na Internet

Todo mundo já viu ou caiu em um clickbait alguma vez, não é mesmo? Logo, não é muito difícil reconhecer esse tipo de conteúdo. De maneira geral, os clickbaits apresentam algumas características comuns, como as elencadas a seguir.

Informações enganosas

Nesse caso, temos os conteúdos que apresentam informações que não são verdadeiras para enganar o usuário de modo proposital. Nessa categoria, encaixam-se as fake news (notícias falsas), que apresentam títulos e conteúdo enganosos, elaborados para desinformar e para gerar comoção e engajamento entre o público.

Também podemos destacar os conteúdos que contêm informações erradas no próprio título com o único motivo de gerar cliques. Na maioria das vezes, essas informações não apresentam nenhuma ligação com o restante do material publicado, enganando os usuários que o acessaram.

Informações repetidas

O uso de informações repetidas é outra estratégia utilizada por quem cria um clickbait. Via de regra, o usuário se interessa pela chamada, clica e, ao acessar o conteúdo, percebe que todas as informações não passam de cópias de outros materiais.

Ou seja, são repetições da mesma informação de outros sites e empresas, muitas vezes com o mesmo título, mas escritas de forma diferente, por exemplo. Conteúdos assim, além de enganarem o público, ainda constituem plágio — algo que infringe o direito autoral na Internet e pode resultar em penalizações.

Informações incompletas

Outra estratégia muito usada por quem está atrás de cliques e de dinheiro com publicidade online é a publicação de informações resumidas ou incompletas sobre conteúdos que são facilmente encontrados em outros sites ou canais.

Essa atitude também mostra a falta de compromisso da empresa com a informação em si e, é claro, também com o público.

Informações exageradas

Muitas páginas e negócios online enchem as suas chamadas com termos como “o melhor”, “o maior”, “o mais recomendável”, entre outros, para transmitir a impressão de mais autoridade e gerar tráfego.

No entanto, em vez de oferecerem informações realmente comprovadas, as marcas usam esses adjetivos apenas para despertar a curiosidade da audiência. Logo, o usuário clica no link esperando encontrar a melhor solução, com dados que garantam a sua eficácia, mas, no fim, é enganado.

Por que você não deve usar o clickbait?

Depois de entender como os clickbaits funcionam na prática (e também pelas suas próprias experiências com esse tipo de conteúdo), você já deve saber que não vale a pena usá-los. Entretanto, para acabar com qualquer dúvida que ainda possa existir, vamos mostrar o que pode acontecer se você resolver usar um recurso como esse para atrair mais tráfego.

Você mentirá para o seu público

O pilar do marketing digital é entregar conteúdos realmente relevantes para o seu público — algo que o ajude a resolver os problemas que ele enfrenta no dia a dia. Isso, por sua vez, fortalece o relacionamento das pessoas com a marca, gerando autoridade e facilitando as vendas.

No entanto, você não vai conseguir fazer isso se a sua estratégia estiver baseada em mentiras ou em informações incorretas. Na verdade, nessas circunstâncias, você vai prometer soluções que, no fim das contas, não entregará.

Além de não ser ético enganar as pessoas, você pode colocar em risco a reputação da sua marca. Imagine, por exemplo, ser reconhecido no mercado como um negócio mentiroso, que não cumpre e não entrega as promessas que faz.

Você perceberá que os resultados podem decepcionar com o passar do tempo

No começo, pode ser que o seu blog ou o seu canal do YouTube ganhe dezenas, centenas ou até mesmo milhares de novos acessos. Tudo graças ao uso do clickbait! Isso é muito bom, não é mesmo? A verdade é que nem tanto assim.

Os conteúdos podem até ser populares no começo, mas, à medida que a audiência percebe que você está usando clickbaits, os acessos podem despencar, a reputação da sua página pode ser seriamente prejudicada e você pode até ser penalizado pelos mecanismos de busca.

No fim, lembre-se de que não adianta ter milhões de acessos se nenhum desses visitantes se converter em lead ou cliente.

Você poderá perder clientes em potencial

Toda estratégia digital, para ter êxito, precisa levar em conta a experiência do usuário, desde o momento em que ele conhece a marca pela primeira vez até a conclusão da compra.

Portanto, se as pessoas que visitam o seu blog, o site ou o canal do YouTube se deparam com um clickbait e se sentem enganadas, provavelmente vão associar o seu negócio a uma experiência negativa.

Quando isso acontece, você corre o risco de perder oportunidades de negócios valiosas e, ainda pior, de colocar a sua empresa em risco.

Por que abandonar de vez o clickbait?

Como vimos, a prática do clickbait é bastante prejudicial para a estratégia de marketing do seu negócio.

Ao mentir para o público e não entregar o que é prometido, você corre o risco de manchar a imagem da marca e perder clientes em potencial — portanto, é indispensável resistir à ideia de recorrer a essa estratégia e abandonar de vez o uso desse recurso.

Afinal, é muito importante proporcionar a melhor experiência possível para quem entra em contato com sua marca na internet. Nesse sentido, procure revisar o seu conteúdo para ter a certeza de que todas as promessas são cumpridas e de que quem acessar os seus materiais não sairá decepcionado.

Como conferimos, embora seja tentador usar o clickbait para atrair a atenção dos internautas e conquistar mais cliques e tráfego, existem outras técnicas muito mais eficientes e o melhor: honestas! Uma delas, inclusive, é o copywriting!

Agora, aproveitando o gancho, que tal descobrir como criar copys perfeitas para potencializar as suas vendas? Vamos lá!

Autor
Marcos Pereira

Marcos Pereira

Redator apaixonado por marketing e SEO, leitor voraz e artista em formação.

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