12 arquétipos: como surgiram e por que conhecer?

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12 arquétipos: como surgiram e por que conhecer?

Os 12 arquétipos de Jung podem alavancar seu marketing. Saiba quais são eles e como funcionam!

Hotmart

10/07/2023 | Por

Os 12 arquétipos de marca são: o Inocente, o Sábio, o Herói, o Fora da Lei, o Explorador, o Mago, o Amante, o Bobo da Corte, a Pessoa Comum, o Cuidador, o Governante e o Criador. Eles são usados para a construção de marcas e personalidades. Aprenda como funciona e qual mais combina com o seu negócio online!

Histórias são uma parte importante do desenvolvimento da humanidade. Mais do que fatos, elas transmitem sentimentos, valores, comportamentos e ideias que permeiam o imaginário, mesmo que você não se dê conta. Se você já ouviu falar dos 12 arquétipos de Jung, já tem uma noção de como certas ideias parecem ser universais.

Dentro do trabalho de marketing digital, é fundamental saber como construir uma narrativa diante do público, transformando o ato de compra em um trajeto, uma jornada que pode ser replicada. Os arquétipos são uma ferramenta muito útil nesse caminho, desde que você entenda seus significados e como aplicá-los em sua lógica.

Acompanhe e descubra quais são os 12 tipos de arquétipos de marca, por que e como usar esses conceitos nas suas estratégias de negócio.

 

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O que são os 12 arquétipos?

A palavra “arquétipo” vem do grego. Ela combina archein, que significa “origem”, e typos que significa “padrão” ou “tipo”. Então, um arquétipo seria um padrão ou forma primordial, a partir do qual as outras formas surgem.

O termo foi popularizado pelo psicanalista Carl Jung, um dos mais influentes discípulos de Sigmund Freud. Boa parte de seu trabalho envolvia não apenas entender seus pacientes e sintomas, mas também analisar como diferentes grupos e culturas humanas partilhavam certos símbolos e mitos, mesmo que não haja nenhuma ligação entre suas origens ou influências.

A partir desses estudos, vários conceitos foram estabelecidos, como a jornada do herói, o inconsciente coletivo e, claro, os 12 arquétipos. Esses que seriam símbolos presentes em praticamente toda cultura, ainda que em formatos diferentes, remontando a desejos ou motivações inerentes a todo ser humano.

Você provavelmente já conhece alguns desses arquétipos, por mais que não tenha contato com as obras de Jung. São personagens em séries, filmes e animações que seguem um padrão ou cumprem certa função. Estruturas narrativas que se repetem de modo independente. Até obras antigas e criadas em partes opostas do mundo mostram algumas similaridades.

VÍDEO: STORYTELLING: como usar este recurso para vender na internet? – Hotmart Tips #22

Por que conhecer os 12 arquétipos pode mudar uma estratégia?

Os arquétipos são empregados em vários contextos, como na psicanálise, na literatura e no marketing. Mais especificamente, começaram no neuromarketing dos anos 80, mas vêm ganhando bastante força no século 21. Hoje, esse conhecimento pode ser aplicado em várias partes da estratégia de marketing. Confira alguns exemplos.

Construção de uma narrativa

O conceito de storytelling não é nenhuma novidade no trabalho de marketing. Ele consiste em montar uma narrativa para o cliente, a qual leva em conta não apenas as qualidades factuais de um produto ou serviço, mas o efeito que ele terá em seu dia a dia.

Você pode usar os 12 arquétipos de Jung para identificar qual o seu papel nessa narrativa, assim como o do seu cliente. É uma forma de orientar o tipo de história que deseja criar em torno do seu negócio e junto com seu público.

Identificação simplificada do público

Arquétipos não são uma representação acurada de pessoas reais, mas dizem respeito a certos papéis que cada indivíduo cumpre em uma narrativa. Sendo assim, você pode usá-los para identificar alguns aspectos do seu público-alvo e entender o que buscam em seus produtos. Não substituem o trabalho de identificação do público-alvo, segmentação e criação de personas. Pelo contrário, são ferramentas para auxiliar nessas tarefas.

Fortalecimento do branding

Outro trabalho importante na área de marketing é o branding da empresa. É essencial construir uma marca consistente, que alcance as pessoas certas e contribua para a imagem que você deseja projetar. Quanto mais clara for sua identidade, mais fácil será focar o público ideal. Nesse ponto, os arquétipos também servem como referência. Afinal, também dizem respeito ao seu papel na jornada de compra e como ela afeta cada cliente.

VÍDEO: Como construir um posicionamento através da narrativa | Rafa Leite | Corte Hotmart Cast

Quais são os 12 arquétipos de marca e como são usados no marketing?

O marketing digital abriu várias portas para a divulgação de produtos e a interação com o público. Sendo assim, também é necessário refinar as técnicas para alcançar esses clientes e mantê-los engajados com sua marca.

Os 12 arquétipos de marca são uma ferramenta bastante útil para essa tarefa, pois ajudam a criar um padrão imediatamente reconhecível para o público, atraindo quem tem maior interesse em seu produto. A questão é entender como usar esses conceitos no marketing. Acompanhe, a seguir.

O Inocente

O primeiro arquétipo destacado por Jung é o Inocente. Essa figura representa a pureza e a simplicidade, alguém que enxerga o mundo de forma simples e prática. Não há necessidade de sistemas complicados, pois a resposta para todo problema, seja pequeno, seja grande, é algo simples.

O Inocente também costuma ser alguém sincero e espontâneo, sem nada a ocultar. Afinal, se você não cometeu nenhum crime, não há o que esconder. É também alguém que prioriza o sentimento de segurança acima de tudo.

Dentro do marketing, esse arquétipo se aplica a marcas que prezam a simplicidade e o conforto. Um cliente dentro desse arquétipo não quer muito, mas o que ele NÃO quer é complicações.

O Sábio

Enquanto o Inocente é motivado pelo conforto, o Sábio é levado pela curiosidade. Dos 12 arquétipos, esse é o mais focado em adquirir e compartilhar conhecimento, cobrindo tanto a posição de estudante quanto a de mentor. Vai depender do contexto.

Também não se trata apenas do conhecimento pelo conhecimento, mas da sua busca com um propósito. A partir do seu aprendizado, o Sábio muda seu comportamento e toma decisões orientadas pela sua lógica em vez de impulsos.

Naturalmente, um negócio que pretende incluir esse arquétipo em suas estratégias deve se colocar em uma dessas duas posições. Como mentor, pode transmitir conteúdo educativo ao público, tirar dúvidas e dar todas as ferramentas para que tome uma decisão informada. Como aprendiz, deve estar sempre em busca de aprendizado, acompanhando tendências que melhorem seu serviço.

O Herói

Muitas grandes narrativas incluem a figura do Herói, alguém que é destinado a causar grandes mudanças, ir até o desconhecido, trazer o elixir e retornar uma pessoa mudada pelas suas novas experiências. É alguém que está preparado para superar qualquer desafio, não importa seu tamanho.

A ideia de superar obstáculos para alcançar algo maior, seja em si mesmo, seja no mundo, é bem comum em várias campanhas publicitárias. Essa ideia de empoderamento do indivíduo diante da adversidade atrai pessoas com convicções fortes e a confiança para tornar seus desejos realidade.

Ações e peças de marketing com um apelo heroico são focadas nessas narrativas cheias de desafios. Seja com a intenção de mudar algo no mundo como o conhecemos, seja para mudar a si mesmo.

O Fora da Lei

O Herói não é o único arquétipo que causa mudanças no mundo. O Fora da Lei, também chamado de Rebelde, é aquele que se depara com o convencional e pensa em como quebrar com essas convenções. Algumas pessoas não gostam de como ele perturba a norma, mas ainda é uma figura indispensável para promover inovação e crescimento no mundo.

No contexto do marketing, esse arquétipo tem a ver com marcas e clientes que buscam sair do lugar-comum de maneira agressiva. Ou seja, é ser você, ainda que isso vá de encontro às expectativas da sociedade.

O Explorador

O nome desse arquétipo já entrega boa parte do seu conteúdo. O Explorador é alguém que deseja conhecer o mundo, está em constante movimento e evita a todo custo o tédio da rotina. É o típico mochileiro, desprendido das posses e interessado nas experiências.

Pense nele como um meio-termo entre o Sábio e o Fora da Lei. Interessado em romper com o padrão, mas motivado por curiosidade e centrado em si. É alguém que preza a própria liberdade, a possibilidade de ir a qualquer lugar, quando quiser. Se sua empresa remove essas barreiras, está servindo muito bem a esse arquétipo.

O Mago

“Magia” é uma palavra sem significado definido na linguagem coloquial, mas toda pessoa reconhece quando vê um Mago trabalhando. Esse é o papel de quem muda a realidade com as próprias mãos, seja por alguma motivação externa, seja apenas para provar que é possível.

Esse indivíduo é guiado pela inovação e pela criatividade, chegando ao ponto de ser um tanto excêntrico. Para atrair um público assim ou cumprir esse papel, você deve fazer seus clientes pensarem fora da caixa, alimentar a imaginação e incentivar a criatividade deles, assim como o movimento de tornar essas ideias realidade.

O Amante

Quando falamos no Amante, as primeiras imagens que vêm à cabeça são relacionadas ao amor romântico ou ao sentimento erótico. E, sim, elas fazem parte desse arquétipo, mas estão longe de ser seus limites.

O Amante é guiado por paixões. Pode ser por uma pessoa, por uma personalidade, por uma emoção etc. O mais importante é se entregar de corpo e alma para o alvo do seu afeto. Muitas marcas apostam nisso, destacando a emoção como parte central da experiência de compra. A intenção principal, aqui, é fazer o público sentir algo pelo que você oferece.

O Bobo da Corte

Nas cortes medievais, o Bobo era um palhaço com o único trabalho de fazer todo mundo rir. Porém, para atingir esse objetivo, é necessário não levar a vida muito a sério, reconhecer que ela é confusa e um pouco irracional. É daí que surge o arquétipo do Bobo da Corte.

Por um lado, o Bobo da Corte é uma figura que rompe com as fachadas e mostra as coisas como elas são em sua forma mais simples. Por outro, não é alguém que cria um posicionamento muito forte nessa ou naquela direção. Sua intenção é fazer rir em primeiro lugar, pois o riso aproxima as pessoas.

A Pessoa Comum

A gente tem uma imagem do que é o homem ou a mulher “normal”, aquela que é mais um rosto em um mar de pessoas. Essa é a Pessoa Comum, alguém que vive uma rotina simples e lida com os problemas do dia a dia, assim como qualquer outra.

Dos 12 arquétipos junguianos, esse é simultaneamente o mais fácil e o mais difícil de identificar. Fácil porque representa o indivíduo qualquer que não se destaca muito. Mas difícil, pois não é tão evocativo quanto os outros. Sua característica central é a humanização. Tornar algo familiar, cotidiano e identificável.

O Cuidador

Muitas marcas assumem um papel de atenção e vigia sobre seus clientes ou oferecem ferramentas para que eles façam o mesmo. É assim que tomam o posto de Cuidador, alguém cuja função é oferecer segurança e conforto a outras pessoas.

Esse arquétipo tem um apelo muito grande para o emocional e o instinto de união do ser humano. Ele aponta diretamente para alguém que precisa de ajuda e que motiva as pessoas ao redor a tomarem uma atitude e, é claro, a agirem por conta própria.

O Governante

Outra figura bem conhecida em qualquer história ou grupo é o líder nato, alguém que assume responsabilidade pelos demais de modo natural. Esse é o arquétipo do Governante, o qual se sente melhor quando está diante da multidão e está preparado para tomar decisões em nome de muitas pessoas.

É um arquétipo que tem interesse em mostrar poder por meio do carisma pessoal, de suas conquistas ou de suas posses. Por isso que muitas marcas nessa linha tendem a trazer um ar de sofisticação, com produtos que reforçam essa posição de destaque.

O Criador

Se o Mago está interessado em transformar a realidade, o Criador quer adicionar ao que já existe. Quando encontra um novo projeto, esse arquétipo solta a própria imaginação e deixa uma marca bem visível no mundo.

A maneira mais clara de encontrar um Criador é pela arte. São marcas e clientes que focam a autoexpressão, que valorizam toda e qualquer ideia, por mais que ela pareça boba ou insignificante.

Hora de usar os 12 arquétipos de marca no seu negócio!

Agora que você conhece um pouco mais sobre os 12 arquétipos junguianos, considere usá-los para refinar suas interpretações sobre seu público, sua marca e o papel que você desempenha. Tudo gira em torno das narrativas que pretende criar para seu cliente.

Quer mais orientações para fortalecer sua imagem? Confira também nosso artigo sobre o que é branding, sua importância e como aplicar essa estratégia.