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O que é Data Clean Room? Entenda a tendência

O Data Clean Room é a nova tendência para compartilhar dados entre empresas e promover ações de marketing. Saiba mais!

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O Data Clean Room, ou DCR, é um novo formato de compartilhamento de dados entre grandes players do mercado, com foco principalmente na privacidade e na preservação do anonimato. É uma forma de grandes empresas trocarem dados com segurança, seguindo as normas de privacidade online.

Já faz algum tempo que esse conceito vem ganhando mais espaço nas empresas. E com mais pessoas aderindo à navegação móvel todos os anos, as políticas de privacidade também tiveram que passar por uma repaginada. Mas, no fim das contas, o novo formato pode ser ainda melhor para o trabalho de marketing.

Acompanhe e entenda melhor o que é Data Clean Room e quais são seus impactos nas estratégias de marketing.

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O que é Data Clean Room? Como funciona na prática? Quais são os tipos de Data Clean Room? Como vai influenciar as estratégias de marketing? Como acompanhar tendências como essa? Hora de investir na melhor coleta e compartilhamento de dados
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O que é Data Clean Room?

O DCR, como também é chamado, é um ambiente seguro para o compartilhamento de dados entre grandes coletores, principalmente empresas, respeitando as leis de privacidade e proteção de dados sensíveis. Dessa forma, dois negócios podem partilhar informações gerais sobre o público, mas preservando o anonimato das pessoas.

Dentro desses espaços, os dados sensíveis e identificáveis do público são processados de maneira que apenas sua mensuração fique disponível. O resultado é que todas as partes envolvidas têm os dados de que precisam para suas análises, mas eles ficam anônimos.

Como funciona na prática?

Informação é o recurso mais precioso para as empresas hoje, especialmente para o trabalho de marketing digital. Quem atua em cargo de gestão precisa saber o que seu público consome, quais são suas preferências e o que mais estão pesquisando ultimamente.

Porém, para pegarem esses dados, as empresas precisam atender a uma série de normas de segurança e privacidade online. Algo que deve ficar mais fácil com o Data Clean Room.

Agora, para que as partes envolvidas respeitem as normas, o DCR tem que seguir um procedimento específico. Confira aqui seus quatro passos.

Ingestão de dados

O primeiro passo é alimentar o DCR com dados de ambas as partes envolvidas. Podem ser dados primários, coletados do CRM do negócio, aplicativos ou outros sistemas, ou dados secundários, adquiridos de terceiros ou de empresas de coleta de informação.

A equipe responsável coloca tudo o que quer partilhar e, com consentimento expresso, todas as pessoas podem acessar essas informações.

Enriquecimento

A princípio, tudo o que existe é uma pilha de informações sem conexões. Antes de poder fazer qualquer análise e tirar conclusões, é necessário fazer um processo de conexão e enriquecimento da informação. São traçadas correlações entre diferentes dados e diferentes fontes, para estabelecer suas potenciais ligações.

Analytics

Com dados devidamente acumulados e organizados, é hora de fazer o trabalho de analytics. Toda essa informação vai passar por uma observação aprofundada, quando são definidas suas interseções, sobreposições e atribuições.

É nesse ponto que profissionais começam a ter seus primeiros insights sobre o público e o mercado, mas ainda são bem rudimentares.

Aplicação no marketing

O uso do Data Clean Room no marketing consiste em polir o que foi constatado durante a análise e definir quais ações serão traçadas a partir dessas conclusões. Testes A/B para a experiência do público, estratégias multiplataforma, análise de campanhas anteriores etc.

Quais são os tipos de Data Clean Room?

Dependendo da forma como um DCR é construído e administrado, ele terá certos aspectos positivos e negativos, os quais podem afetar o desenvolvimento das suas estratégias. Confira aqui os principais tipos e suas características.

Walled Garden

O conceito de “jardim murado” se refere a um ambiente onde o provedor tem alto controle sobre todas as partes, incluindo o hardware, os aplicativos e o conteúdo compartilhado no DCR. Foram usados primariamente pelas grandes empresas de informação, como Google e Amazon, para compartilhar informações com anunciantes de forma segura.

Por um lado, esse é um dos métodos mais seguros, pois a empresa provedora controla todos os estágios, além de ter mais espaço para enriquecimento de dados. Porém, os procedimentos e as normas tendem a ser mais rígidos, sem a mesma abertura para dados de outras fontes.

Modelo diversificado

Esse é parte de um conjunto de modelos de DCR chamado “Players Neutros”. No caso do modelo diversificado, o provedor é uma empresa adjacente, que trabalha com armazenamento em nuvem ou aplicativos de marketing. Os dados vêm de múltiplos fornecedores e são compartilhados dentro desse ambiente com segurança.

Seu acesso a dados é bem mais limitado que nos Walled Gardens, mas é um sistema com muito mais flexibilidade estrutural. Também traz maior controle sobre a governança de dados para diferentes tipos e níveis de análise.

Pure-players

Alternativamente, você pode adotar os chamados pure-players, que são provedores de DCR em menor escala. Eles costumam ser dedicados a setores específicos, funcionando online e com infraestrutura terceirizada.

Por serem de pequena escala, a granularidade dos seus dados tende a ser menor. Podem até contar com as informações mais gerais, mas não devem ter os mesmos detalhes.

Como vai influenciar as estratégias de marketing?

Com o Data Clean Room ganhando mais força, é garantido que o trabalho de marketing vai ter que se adaptar, especialmente à medida que as normas de privacidade de dados são atualizadas. Entenda alguns de seus principais impactos e como você pode responder.

Fim dos cookies de terceiros

Os cookies sempre foram uma parte importante da mensuração de dados online. Quando alguém acessa um site, também ganha um marcador, o qual pode ser lido para facilitar a sua navegação, mas que também coleta várias informações sobre aquela pessoa.

Os cookies de terceiros, por outro lado, são uma variação específica desse sistema. Eles monitoram as atividades da pessoa visitante em toda a sua navegação, não só no acesso a um site específico. E já foi declarado pelo Google que esse tipo de cookie vai sumir dos navegadores.

Por um lado, essa é foi uma perda e tanto para a coleta de dados. Mas os DCRs vêm como uma boa alternativa, que está mais alinhada com as normas de proteção de dados e privacidade.

Troca mais segura de informação

O principal propósito dos DCRs é criar um espaço seguro para compartilhar dados, sem o risco de comprometer o anonimato das pessoas. Quando entram nesse espaço, é como se a informação fosse vista através de um véu, ofuscando detalhes identificáveis, mas ainda úteis para traçar estratégias.

Análise mais profunda e ampliada

O nível de granularidade e amplitude das informações coletadas varia de acordo com o tipo de DCR que você utiliza, quem é seu provedor e quais são suas restrições. Porém, nesses espaços, as possibilidades de realizar análises mais detalhadas em maior escala são bem evidentes.

A questão aqui é saber com quem você está compartilhando esses dados e quais informações recebe em troca. Lembre-se: o Data Clean Room é feito para que provedores de informação possam dividir esses dados por conta própria com segurança. Assim, todas as partes envolvidas se beneficiam com a parceria.

Como acompanhar tendências como essa?

Todas essas mudanças são uma resposta às atualizações nas normas de proteção de dados e privacidade de quem usa a internet — algo bem importante, considerando quanta coisa já é monitorada hoje. Se você quer acompanhar essa tendência em suas estratégias de marketing, preste atenção aos seguintes passos.

Contratar infraestrutura

Antes de poder usar o Data Clean Room como parte do seu trabalho de marketing, você vai precisar de uma infraestrutura. Servidores, software, bases de dados e tudo mais. As opções são: montar tudo por conta própria, contando com maior autonomia, ou contratar serviços terceirizados para cobrir essas bases.

O custo inicial dessas mudanças deve sempre ser levado em conta, não importa qual seja a modalidade. A escolha entre um e outro vai depender principalmente do tipo de informação que você busca e da escala das suas estratégias.

Preparar a equipe

Além de preparar uma infraestrutura tecnológica para o DCR, é necessário treinar as equipes envolvidas. A área de TI é a mais óbvia, já que precisa lidar com todas as demandas de informação, construção e prestação de contas. Mas não é o única.

A equipe de marketing também precisa se familiarizar melhor com as ferramentas e suas normas. Tudo isso exige um investimento em treinamentos, junto com a implementação desses sistemas.

Firmar parcerias

Para que o seu DCR seja útil, ele precisa ser alimentado por várias fontes de informação. Não faria nenhuma diferença “trocar” apenas dentro do seu negócio. E a melhor maneira de acumular esse conhecimento é fechando parcerias.

Alguns deles, principalmente no modelo de Walled Garden, já vêm com bastante coisa dentro do pacote, pois são oferecidos por uma empresa que coleta grande quantidade de dados. Porém, você tem muito a ganhar trocando informações a partir de boas parcerias de mercado.

Levantar casos relevantes

Não é necessário que você saiba tudo sobre o público, mas sim quais informações buscar. Antes de montar um DCR, estabeleça quais são os pontos mais relevantes que seu negócio precisa observar. Isso facilita o resto do planejamento e até a sua busca por novas parcerias.

Hora de investir na melhor coleta e compartilhamento de dados

O Data Clean Room é uma tendência forte e deve ser a norma para toda empresa que deseja coletar dados sobre o comportamento do público em larga escala. É a melhor alternativa para aprimorar suas estratégias de marketing e seguir as normas de proteção de dados.

E se quiser mais dicas para elevar seu desempenho, acompanhe também nosso artigo com as melhores ações de marketing digital para seu negócio.

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