Economia Compartilhada: entenda o sucesso desse nicho
Saiba mais sobre o conceito e descubra como utilizá-lo para melhorar a sua produção.
O conceito de economia compartilhada ainda é recente, mas ganhou impulso depois da crise econômica mundial de 2008, que fez muitos repensarem o consumo e a preservação do meio ambiente. Por ser um modelo coletivo, também beneficia produtores de conteúdo que querem encontrar novos formas de distribuir seus infoprodutos.
Neste post, falaremos mais sobre esse fenômeno em crescimento e a importância de utilizá-lo de modo a aproximar produtores do seu público. Continue conosco!
O que é economia compartilhada?
A economia compartilhada é um modelo colaborativo que preza pelo reaproveitamento de materiais e o compartilhamento de serviços, de uma forma em que as pessoas possam adquirir bens por valores mais justos e ajudar umas às outras em ações coletivas.
Ela se manifesta de diversas formas e envolve diferentes agentes, desde as grandes empresas, passando pelos criadores de conteúdo e chegando até os usuários finais.
Na economia compartilhada, o foco está nas pessoas e no fortalecimento de relações a partir de trocas voluntárias e mais justas. Isso faz com que ela seja diferente da economia tradicional, na qual há papéis bem definidos de produtores e consumidores e as transações são mais padronizadas.
Um artigo publicado no site da PUC do Rio Grande do Sul define assim as maiores diferenças entre os modelos de economia compartilhada e tradicional:
Na economia tradicional:
os papéis são bem definidos: cliente/fornecedor, produtor/consumidor;
os agentes são porteiros e permitem a quem paga acessar o recurso;
as transações que ocorrem são profissionais e padronizadas.
Já na economia compartilhada
os papéis são ambivalentes e mutáveis;
os agentes são conectores, garantindo o fluxo dos recursos;
as transações são customizadas e há criação de relação pessoal.
Nesse contexto, o conceito de economia compartilhada se manifesta de diferentes formas. Alguns exemplos vão desde o compartilhamento de apartamentos para turistas por valores mais em conta (como no caso do Airbnb) até os crowdfundings realizados por artistas, no qual centenas ou milhares de pessoas se juntam para financiar uma causa comum.
Evolução e história
O conceito de economia compartilhada ainda é recente, tendo se estabelecido no século XXI. Esse modelo se tornou possível com o avanço da tecnologia, a popularização da internet de banda larga e mudanças socioeconômicas na sociedade, como uma preocupação crescente com o endividamento e o reaproveitamento de materiais como forma de termos um planeta mais sustentável.
Um dos eventos que demonstram a popularização do conceito é o surgimento dos softwares Open Source, que não cobram nada dos usuários que os utilizam. Além disso, qualquer programador é bem-vindo para propor mudanças.
Com a crise mundial de 2008, que levou à lona até mesmo economias fortes como a dos Estados Unidos, o conceito se estabeleceu de vez. Afinal, basta lembrar que uma das origens daquele evento foram o empréstimo indiscriminado de dinheiro, que levou ao endividamento das pessoas e a quebra de bancos.
Assim, a economia compartilhada surge como uma necessidade de se reinventar o consumo e lidar com os problemas climáticos que assolam o planeta. A crise de 2008 aproximou as pessoas e levantou questões sobre o reaproveitamento de materiais como forma de evitar o consumo desenfreado. Não é à toa que o conceito caminha lado a lado com a ideia de preservação do meio ambiente.
Essa ideia de compartilhar em prol de objetivos comuns logo se estendeu para outros campos, como o das artes e da produção de conteúdo. Bandas que precisavam de dinheiro para gravar um álbum, por exemplo, passaram a utilizar o financiamento coletivo, premiando aqueles que contribuíam para o intuito.
Razões para o sucesso desse formato de economia
A economia compartilhada é um sucesso pela versatilidade das abordagens. Assim, podemos dividi-la em três categorias principais:
- mercados de redistribuição digital, espaços que realizam a troca ou venda de produtos usados, mas ainda em bom estado. Exemplos nesse sentido são marcas como a brasileira Enjoei ou o eBay;
- estilo de vida colaborativo, no qual comunidades se reúnem para compartilhar bens, espaços, serviços ou outros elementos. Aqui, nem sempre há comércio, uma vez que as doações também são incentivadas;
- pagamentos recorrentes a produtos ou serviços. Empresas como a Netflix e o Spotify só podem oferecer planos a preços acessíveis porque milhões (ou até bilhões) de pessoas se unem, ainda que indiretamente, para financiar os custos da operação.
VÍDEO: Recorrência: como vender conteúdo todos os dias | Ícaro de Carvalho no Hotmart MASTERS
Você pode notar que um criador de conteúdo pode se encaixar em qualquer um desses três espaços.
Ele pode explorar a importância do reaproveitamento de materiais, colocar o estilo de vida colaborativo em prática (criando comunidades para pessoas com interesses em comum) e utilizar o sistema de pagamentos recorrentes, oferecendo infoprodutos e outros itens a preços acessíveis.
Além disso, a economia compartilhada tem a internet como principal propulsora. Afinal, é como se os dois movimentos tivessem crescido ao mesmo tempo: o modelo socioeconômico e a popularização da internet rápida, que trouxe os criadores de conteúdo e ampliou o alcance dos empreendedores.
Assim, por meio da rede, é possível tirar do papel diversos projetos colaborativos. Nesse sentido, colocá-la em prática é algo bem mais barato em relação à economia tradicional, já que com um conhecimento de marketing digital é possível explorar novas ideias.
Como criadores de conteúdo podem se encaixar na economia compartilhada?
Criadores de conteúdo se beneficiam muito desse modelo, uma vez que eles formam uma só comunidade com seu público, parceiros e patrocinadores.
Além disso, há a possibilidade de explorar o conceito em si, educando a sua audiência sobre formas de se aproveitar do compartilhamento de ideias e de serviços.
Esse modelo de economia colaborativa oferece oportunidades para criadores de conteúdo produzirem infoprodutos relacionados a serviços, produtos ou experiências compartilhadas.
Nesse sentido, os profissionais podem compartilhar conhecimento sobre como se envolver na economia de compartilhamento, criar guias informativos ou oferecer treinamentos relacionados, todos eles com bom potencial de monetização.
Isso porque você pode investir em e-books, guias e outros materiais informativos em texto, mas também em cursos online e como um tema para uma série de conteúdos, por exemplo.
VÍDEO: Transforme conteúdo em negócio | Peter Jordan | Além do FIRE
Economia compartilhada e a creator economy
Como você viu no artigo, entender a economia compartilhada é algo valioso para o produtor de conteúdo. Isso não é importante apenas pela possibilidade de vender infoprodutos, mas também para que o criador seja parte do mundo no qual ele atua hoje: bem mais conectado, ligado a movimentos de preservação do meio ambiente e com mais pessoas se preocupando com o consumo consciente.
Por falar em internet e seus impactos, aproveite a visita para conferir o nosso artigo sobre cultura digital!