Segmentação demográfica: o que é, por que fazer e 8 exemplos
Segmentação demográfica é um tipo de classificação e separação do seu público-alvo com base em dados populacionais, como idade, gênero e renda. Saiba como usar esse recurso!
A segmentação demográfica é um dos primeiros passos para você eliminar o que não é importante para o seu negócio. Afinal, definir quem é o seu comprador ideal e eliminar da lista de potenciais clientes pessoas que não têm nada a ver com o seu negócio são passos fundamentais que você precisa dar antes de vender.
A segmentação demográfica é a etapa mais básica dessa eliminação.
Então, se você quer começar com o pé direito e não ter retrabalho no meio do caminho,é só continuar até o final deste artigo.
Nas próximas linhas, você vai ver:
O que é a segmentação demográfica?
Segmentação demográfica é um tipo de classificação e separação do seu público-alvo com base em dados populacionais, como idade, gênero e renda.
Quando você define as personas que compõem seu público, esses são os dados mais básicos que você deve ter e, normalmente, são os primeiros que você busca.
As informações que você colhe com esse tipo de segmentação são frias, já que não consideram aspectos psicológicos ou comportamentais do seu potencial cliente, mas não deixam de ser importantes.
Por que fazer a segmentação demográfica?
Pelo mesmo motivo que você deve fazer qualquer tipo de segmentação de público: fazer a segmentação demográfica é importante porque te ajuda a especificar para quem você vai direcionar sua comunicação para desenvolver o relacionamento e aumentar as chances de vender.
O fato é que as necessidades das pessoas variam de acordo com muitos fatores e um deles é a demografia.
Em geral, uma pessoa de 18 anos tem problemas muito diferentes de alguém na casa dos 60. Assim como quem é de classe alta tem gostos e necessidades diferentes de quem é de classe baixa.
Se você tentar se comunicar do mesmo jeito com os dois extremos, as chances são que não vai conseguir estabelecer um relacionamento com nenhum deles.
Elas se comportam, pensam e, principalmente, consomem produtos e serviços de modo diferente.
Portanto, segmentar te ajuda a ter ações de marketing mais precisas e focadas. Além de que é uma das segmentações mais fáceis e rápidas de fazer e coletar os dados.
Isso se traduz em economia de tempo e dinheiro. Você não gasta recursos tentando atingir pessoas que não têm nada a ver com o seu negócio.
8 exemplos de uso de segmentação demográfica
Você viu que, nesse tipo de segmentação, você separa o seu público a partir de dados demográficos.
Nas próximas linhas, vamos detalhar cada um deles. Mas antes, que fique claro: nem todos os itens fazem sentido para qualquer negócio. É importante avaliar a necessidade de definir cada um deles para o seu empreendimento.
1. Momento de vida
O momento de vida pode ser de vários tipos, como:
- crianças, adolescentes, jovens adultos, adultos ou idosos;
- solteiros, casados, divorciados;
- com ou sem filhos (e quantos filhos);
Também é possível combiná-los, como jovem adulto, casado e sem filhos ou idoso solteiro com filhos…
2. Idade
Nesse caso, você define a faixa etária que quer atrair ou se comunicar.
Como…
- de 17 a 23 anos;
- de 25 a 35 anos;
- de 40 a 50 anos;
- a partir de 65 anos.
É importante que você pense bem antes de definir qual idade o seu potencial cliente.
Optar por margens muito grandes não costuma ser a melhor das decisões, porque pessoas de diferentes idades têm necessidades distintas.
Por exemplo, se você vende um curso online que ensina como dirigir sem medo, não faz sentido incluir adolescentes, já que eles sequer têm idade para tirar carteira.
3. Geração
Esse ponto tem tudo a ver com a idade porque a geração na qual cada pessoa nasceu tende a influenciar as escolhas e o comportamento dela.
Por exemplo, os baby boomers (1946 a 1964) são a geração do pós-Segunda Guerra Mundial e muitos participaram do movimento hippie, mas não tinham acesso à internet e celular.
Já as pessoas da geração Z (meados dos anos 90 a 2010) são nativas digitais: têm mais facilidade com o universo digital.
Como já era de se imaginar, as formas de se comunicar com cada uma delas é diferente.
4. Renda
Se você quer atingir pessoas que moram no Brasil, normalmente a renda é contada em salários mínimos: 1, 2, 5, 30 salários mínimos.
Já se o seu público mora fora, como nos EUA ou Europa, faz mais sentido contar em ganho anual: de 20 a 30 mil por ano, por exemplo.
Normalmente, pela renda você também consegue definir a classe social do seu cliente em potencial.
Para o seu negócio, vale definir a renda porque o padrão de vida de quem ganha 1 salário mínimo é muito diferente de quem ganha 3 ou 4 salários.
Ou seja, a necessidade de ter o seu produto ou serviço não é a mesma para os dois casos.
5. Ocupação
Se a ocupação da pessoa interferir na venda, esse ponto não deve passar em branco.
Por exemplo, se você vende um curso que ensina advogados a conquistarem mais clientes, não tem motivo algum para os seus anúncios aparecerem para dentistas, músicos ou jornalistas.
Caso sua persona seja alguém que queira passar no vestibular ou em concurso público, a ocupação é estudante.
Ou se você vende para mulheres que cuidam da casa e dos filhos, a ocupação é dona de casa.
6. Nível de instrução
Aqui, você segmenta de acordo com a escolaridade do seu cliente em potencial.
Ensino fundamental, médio, superior, pós-graduação, mestrado, doutorado…
7. Religião
Se o seu negócio é voltado para alguma religião específica, segmentar o seu público de acordo com esse item vai te ajudar a se comunicar com as pessoas certas.
Católica, judaica, muçulmana, protestante ou qualquer outra que tenha a ver com o produto ou serviço que você oferece.
8. Nacionalidade
Cada nacionalidade tem seus próprios modos e costumes, ou seja, a abordagem para vender para um brasileiro tende a ser diferente daquela para fechar negócio com italianos, por exemplo.
O problema da segmentação demográfica
Os dados demográficos normalmente são os primeiros que você coleta quando passa pela definição da sua persona. Mas isso significa que não devem ser os únicos.
Se você só se apoiar na segmentação demográfica, pode tomar decisões ruins para suas ações de marketing e vendas, já que corre alto risco de errar o alvo.
Isso porque esse tipo de segmentação é rasa e incompleta. Imagine que você definiu que o seu cliente em potencial é homem, solteiro, tem entre 30 e 40 anos, de classe média e que tem a culinária como hobby.
O seu produto é um curso que ensina técnicas de como criar o jantar perfeito usando apenas o que você já tem na geladeira.
É claro que, entre vários homens que se encaixam nessa classificação, muitos podem converter.
Mas o problema é que a segmentação demográfica não leva em consideração o nível de conhecimento e experiência de cada um deles na cozinha.
Ele pode saber cozinhar de tudo ou saber apenas o básico… Nem todo homem que entra na classificação que você estipulou gosta das mesmas coisas e pensa da mesma forma.
A solução para não pecar pela falta de informações é aliar a segmentação demográfica a outros tipos de classificação de públicos.
Como a segmentação comportamental, que considera os hábitos de consumo do cliente em potencial, ou a segmentação psicográfica que é voltada para entender as crenças, valores, estilo de vida e personalidade do público.
Aí sim você vai ter informações mais completas sobre quem é o seu cliente e como você pode persuadi-lo para comprar de você.
Segmentação demográfica e as melhores práticas do marketing digital
Neste artigo, você viu o que é segmentação demográfica, por que ela é importante para o seu negócio e ainda viu exemplos de como usá-la.
Essa segmentação vai te ajudar e muito em diferentes etapas da sua estratégia: ao pensar em um calendário editorial, em ações de inbound marketing e em várias outras iniciativas.
Que tal se aprofundar sobre marketing digital para conhecer todas as possibilidades e formas de apresentar as segmentações? Até a próxima!