Economia dos criadores: como profissionalizar a produção de conteúdo

Muito se fala do potencial da creator economy, mas poucos sabem como profissionalizar o conteúdo publicado na internet. Saiba o que dizem os principais nomes que passaram pelo Fire Festival.

economia dos criadores - foto do palco innovation, do painel Tendências da Creator Economy

A economia dos criadores, ou creator economy, é um dos mercados que mais cresce. Ele se refere a todo o ecossistema de profissionais que trabalham com conteúdo online, o que inclui os criadores de conteúdo, influenciadores digitais, agências, videomakers, entre outros profissionais do marketing digital.

Para tratar de todos os assuntos acerca desse ecossistema, existe o Fire Festival, um evento anual realizado pela Hotmart, criado para gerar conversas sobre inovação, marketing, empreendedorismo digital e muito networking entre os maiores nomes do mercado.

E a edição de 2023, que aconteceu entre os dias 24 e 26 de agosto, contou com grandes representantes da economia dos criadores, que compartilharam conhecimentos muito valiosos nos cinco palco simultâneos do evento.

Confira aqui o principal sobre profissionalização na economia dos criadores, o que você precisa saber para começar a ganhar dinheiro e transformar seu conteúdo em um negócio lucrativo.

Índice
Profissionalização na economia dos criadores: comece já com essa visão Tenha sempre uma visão empreendedora Assuma um compromisso com a sua audiência Construa uma comunidade Descubra modelos de negócios que funcionam para você Economia dos criadores: viva das suas paixões
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Profissionalização na economia dos criadores: comece já com essa visão

A primeira dica veio da Bianca Andrade, a influencer e empresária, que esteve no palco Innovation no primeiro dia de Fire. Ela contou que, quando chegou na internet, há 12 anos, não existiam referências, influenciadoras contando o que dá certo ou um norte, mas que já sabia que poderia tornar aquilo um negócio.

“Foi por isso que, desde o começo, quando eu criei o canal, eu não coloquei o meu nome pessoal, eu coloquei Boca Rosa, porque eu já imaginava que uma marca poderia acontecer através dali”, revelou Bianca.

Hoje, a realidade é bem diferente e temos muitos exemplos do que funciona, o que nem tanto e uma ideia do que ainda precisa e deve ser testado. Mas essa dica precisa ser considerada: desde o primeiro dia é preciso tratar o seu contéudo online como um negócio

VÍDEO: A Creator Economy está apenas começando | Além do Fire

Tenha sempre uma visão empreendedora

“Todo criador de conteúdo é um empreendedor”, afirma Bianca.

Então, mesmo que você esteja no começo, ainda sem grandes resultados, seguidores e contratos, é fundamental tratar o seu conteúdo e posicionamento como uma empresa.

A empresária conta que, para seu conteúdo, ela não grava vídeos o dia inteiro e posta tudo que faz, mas que cria um planejamento estratégico e constrói uma comunicação que gere conexão com o público.

Por isso, ao observar o seu benchmarking, lembre-se disso: às vezes, a impressão é que tudo é muito espontâneo, pensado na hora e que reflete de fato a vida dos influenciadores, mas tudo tem intenção!

Outra especialista que trouxe o tema de autoridade nas redes sociais foi a Valeska Bruzzi, empreendedora digital, que falou no palco Relationship, no segundo dia de Fire.

Ela conta que o primeiro passo é saber o que você quer do conteúdo que posta nas redes sociais.

“O meu primeiro objetivo era não passar vergonha e ter alguns likes, depois fazer a transição de carreira. Mas quando decidi profissionalizar minha presença, as coisas mudaram”, revelou Valeska.

É tudo sobre visão e a forma com que você trata a sua presença e o seu conteúdo. “Se você está no stories, você está numa reunião com seu cliente”, ensina.

Assuma um compromisso com a sua audiência

O palco Innovation do Fire Festival também recebeu o painel “De Creator a Marca”, que contou com Gustavo Tubarão, Enaldinho e Pedro Gazzola, criadores de conteúdo digital. 

Transformar-se em uma marca é uma forma de profissionalização dentro da economia dos criadores. E um dos destaques que eles trouxeram é justamente sobre essa responsabilidade e compromisso com as publicações.

“Se você entendeu que aquilo vai ser a sua profissão, também não é sempre só divertido, aquilo passa a ter tarefas, você se envolve com marca, você se envolve com clientes, que você passa a ter obrigações também”, reforçou Gazzola.

Enaldinho contou que, desde que começou, sabia que precisaria de uma rotina de produção que mantivesse a frequência de publicação, de até três por dia – estabelecido por ele. 

Assim que você entende o seu negócio, sua audiência e o que o público espera, deve-se ter um compromisso. Não precisa ser três vídeos por dia, mas, quando você cria uma rotina com seus seguidores, você precisa fazer a sua parte.

E esse compromisso não é só sobre calendário editorial, mas sobre tom de voz, coerência, parcerias e de fato criar um relacionamento com a audiência.

VÍDEO: Tendências do mercado digital | FIRE FESTIVAL 2023 | DIA 2

Construa uma comunidade

Aqui não falamos somente de uma comunidade digital como um modelo de negócios, monetizando o seu conteúdo, necessariamente. Mas de ter um grupo de pessoas que tem a você como autoridade e ser líder nas conversas do seu nicho.

Esse foi um tema em pauta no painel de Tendências da Creator Economy, que aconteceu no palco Innovation, no último dia de Fire.

Por lá, Rafa Lotto, que é sócia da YouPix, falou sobre como pensamos em comunidade como ferramenta, mas, sem um assunto comum, ela se perde. Ou seja, para ter uma comunidade é preciso reunir pessoas com interesses e propósitos em comum.

Leandro Conti, diretor sênior de marketing na Hotmart, que também participou do painel, trouxe que a formação da comunidade tem que ter uma autenticidade.

“O creator é o impulsionador, o estimulador, mas a comunidade anda sozinha”, explicou. 

Tudo isso para dizer que o seu trabalho na economia de criadores deve ser sobre criar uma comunidade em vez de simplesmente aumentar o número de seguidores, entende?

Dessa forma, você reforça a sua autoridade e é mais facilmente lembrado quando alguém estiver falando de algo relacionado ao seu nicho de mercado.

Descubra modelos de negócios que funcionam para você

Hoje existem diferentes formas de ganhar dinheiro na economia dos criadores, produzindo conteúdo na internet. 

Você pode viver de publicidade, ter parcerias com marcas para conteúdo compartilhado, criar uma marca de produtos físicos, lançar infoprodutos, ter uma comunidade paga, monetização das redes sociais ou até vender produtos e ganhar comissão como Afiliado digital.

Publicidade digital

No primeiro dia de Fire, o palco YouPix recebeu o painel “Viver de #publi X viver de curso”, que trouxe alguns insights interessantes sobre o tema.

Durante a conversa, Giovanna Ferrarezi, influenciadora de moda e lifestyle, contou que vive de publi. “A gente tem que se moldar um pouco para o mercado, principalmente as marcas grandes que têm dinheiro para patrocinar a gente”, explicou.

Com isso, ela relata que é um modelo que acaba limitando um pouco a autenticidade – que já vimos que é bastante importante nesse meio. Para a influenciadora, essa é uma linha muito tênue, principalmente para quem está começando.

Conforme o crescimento de audiência e autoridade vem, modelos como cocriação, em que o creator participa do processo criativo de uma campanha, se tornam mais possíveis e permitem maior liberdade.

Criação de infoprodutos

Nessa mesma conversa, Vinícius Vaz, empreendedor digital, falou sobre a realidade de infoprodutores. Hoje ele trabalha como corpodutor e lançador. “Eu transformo ideias e negócios digitais de baixo custo em alta lucratividade”, define.

Para ele, empreender na internet é fácil e todos podem começar. “Independente de quem é a pessoa, independente de como ela é, independente do que que ela fala, a gente consegue humanizar e transformar isso através de um produto”, explica.

Nesse modelo, criam-se infoprodutos, dos mais diferentes nichos e se ganha dinheiro com a venda deles. Aqui, falamos principalmente de cursos online, mas também é possível comercializar ebooks, podcasts, aulas ao vivo, entre outros modelos de produtos digitais.

Vale reforçar que não é preciso ser um influenciador digital ou ter uma ampla audiência para entrar entrar na economia dos criadores com a criação de infoprodutos. Qualquer um pode fazê-lo.

Claro que a audiência e autoridade ajudam, mas não é mandatório e existem outras formas de impulsionar o negócio.

Ter uma comunidade paga

Para muitos creators que já trabalham com redes sociais, esse é o formato mais natural. O Instagram e o YouTube já oferecem soluções assim. Mas aí tem uma grande questão: você fica dependente dessas plataformas.

Quando falamos de redes sociais, “os seguidores não são seus seguidores, são das redes sociais. Como eu estruturo meu conteúdo e vendas com algo que não é meu?”, questiona Luiz Pacete, expert que participou do painel sobre tendências na creator economy.

Por isso, é cada vez mais importante contar com soluções próprias, para garantir que o negócio continue rodando mesmo se as redes sociais deixarem de existir ou passarem por alguma instabilidade.

Uma opção é a própria Hotmart, que oferece diversas soluções para creators. “Na Hotmart, o creator é dono de seus dados. O creator é independente, o patrimônio é dele”, garante Conti.

Indicação de produtos de terceiros

Outra forma bastante comum de ganhar dinheiro na economia dos criadores é indicando produtos físicos ou digitais em troca de uma comissão

Nesse formato, você tem um link único e rastreável. Assim, pode aproveitar a sua autoridade e audiência para fazer indicações e, sempre que alguém comprar, você recebe uma comissão.

Vale reforçar que é possível e recomendado diversificar as fontes de rendas quandos e trabalha com conteúdo digital, seja com um mix maior de produtos ou com diferentes modelos de negócios.

VÍDEO: Report inédito com dados do mercado digital | FIRE NEWS

Economia dos criadores: viva das suas paixões

É muito conteúdo quando se trata da creator economy. Por isso, te convidamos a dar uma olhada nos outros conteúdos que nasceram a partir das palestras do FIRE Festival 23 e o que temos aqui no blog também!

Será que o mercado de produtos digitais está saturado?

Construção de marca: como entregar valor em seu negócio online

Aumento de faturamento: como crescer 50% em 5 cliques

Como expandir meu negócio e lidar com o crescimento dele

Ah, e para acompanhar de perto essas e todas as conversas que acontecem no maior evento da creator economy na América Latina, garanta o seu ingresso para o FIRE Festival 2024!

Autor
Hotmart

Hotmart

A Hotmart é uma plataforma completa para quem quer vender, promover ou comprar cursos online, vídeos, assinaturas, e-books, ingressos para eventos ou qualquer outra mídia digital. Se você quer começar um negócio do zero, levantar um negócio que está parado, dar um novo passo na sua carreira aprendendo uma nova habilidade, ou promover produtos para uma audiência, a Hotmart é sua parceira ideal porque oferece tudo que você vai precisar e com poucos cliques é possível começar.

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