
O que é um algoritmo, como ele funciona e quais os principais?
O que é o algoritmo e por que os produtores de conteúdo precisam se preocupar com ele? Confira em nosso artigo!

O que veremos nesse post:
Você já parou para pensar sobre como os conteúdos são distribuídos em seu feed, independentemente da rede social ou plataforma digital utilizada? Como o Spotify consegue me recomendar tanta música boa? Como o TikTok prende minha atenção à tela por horas?
Neste post, você entenderá o que é algoritmo e qual é a importância dele, principalmente para criadores de conteúdo. É essa ferramenta que faz, por exemplo, com que um material postado cause tanto engajamento e que outros sejam ignorados pelo público-alvo.
Boa leitura!
O que é algoritmo?
O algoritmo é uma sequência lógica de ações para que uma determinada tarefa seja executada ou um problema seja resolvido. É uma espécie de “receita de bolo”, um caminho para se chegar a um resultado satisfatório.
Para que o algoritmo seja bem-sucedido, ele precisa ser finito. Ele conta com uma entrada (input) e uma saída (output) de informações mediadas por instruções. Para exemplificar, pensemos no funcionamento de um programa que é instalado em um computador.
Quando o programa trava, provavelmente ele está recebendo informações para as quais não foi preparado para lidar. Aquele acontecimento não estava previsto no algoritmo projetado pelas pessoas que desenvolveram o equipamento e/ou o sistema operacional.
De modo geral, quando se fala de algoritmo em um contexto digital, estamos falando de um modelo lógico que se propõe a estruturar uma cadeia de eventos para que dados sejam processados e devolvidos pelos equipamentos aos usuários.
Mas, da mesma maneira, um algoritmo pode ser representando graficamente de forma mais simples: você provavelmente já viu uma sequência como esta por aí, que propõe caminhos e respostas para eventos inesperados.
Como eles são usados no mundo virtual?
Os algoritmos estão por toda a parte no mundo virtual. Os mais famosos são aqueles utilizados por plataformas, redes sociais e programas de streaming. Vamos conhecê-los.
Quem produz conteúdo certamente já ouviu ou leu a expressão “algoritmo do Google”, mesmo que não saiba o que significa. Afinal, o PageRank, como ele é chamado, foi desenvolvido em 1998 para monitorar e apresentar os resultados de pesquisa de acordo com a relevância.
Anteriormente, a relevância de um site era determinada pelo número de páginas que se vinculavam a ela. No entanto, isso era bem fácil de burlar: bastava criar inúmeros sites sem conteúdo algum e atrelá-los à página principal.
Desde então, a empresa já realizou diversas mudanças no algoritmo e provavelmente fará mais. O Google passou a considerar outras variáveis para que uma página seja bem ranqueada, como preferências do usuário, qualidade do conteúdo, nível do SEO, localização e até o aparelho usado por quem faz a pesquisa.
O algoritmo do Google pode até ser o mais famoso, mas o Facebook foi a primeira rede social a utilizá-lo para segmentar posts e controlar a exibição para usuários. Assim, foi possível definir o que seria mais relevante de acordo com o comportamento e as preferências de cada pessoa cadastrada.
A explicação é simples: é impossível acompanhar tudo o que acontece na rede, pelo excesso de informações. Alguns critérios do algoritmo do Facebook para melhorar a experiência eram necessários, como:
- nível de proximidade de cada pessoa com quem postou um conteúdo;
- engajamento dos amigos com a postagem;
- potencial interação de acordo com o comportamento prévio da pessoa em relação a postagens similares.
Bem no início do seu funcionamento, o Instagram exibia todas as postagens dos usuários por ordem cronológica. Isso mudou em 2016 e, desde então, a rede considera outros fatores para a exibição dos feeds:
- engajamento: o número de interações, por meio de curtidas e comentários, estabelece se uma postagem será priorizada na rede. O engajamento em curto espaço de tempo, logo que o post é feito, conta ainda mais;
- relacionamento: esse critério leva em consideração a proximidade dos usuários, assim como as interações diretas por mensagem;
- temporalidade: o critério não é mais o único, mas ainda é levado em conta na ordem das postagens no feed.
Essa variação mostra que os algoritmos não são estáticos, eles mudam, e o principal fator que causa isso é o comportamento do consumidor. Assim, as empresas podem modificá-los para que eles agradem cada vez mais a essas pessoas, o que faz com que elas fiquem mais tempo na plataforma.
YouTube
O YouTube está no ar desde 2005. No começo, o algoritmo considerava apenas quantas vezes um vídeo tinha sido iniciado. Caso você quisesse turbinar a visibilidade da banda de um amigo, bastava pressionar o f5 várias vezes ao dia para o conteúdo ganhar views e uma boa colocação.
Com o tempo, o YouTube também notou essa brecha. Por isso, em 2012, o algoritmo passou a considerar o tempo médio de visualização para ranquear vídeos e exibi-los para mais pessoas. Além disso, contabiliza a visualização por usuário, por conta cadastrada. Isso faz com que o conteúdo tenha maior relevância para o usuário, fazendo com que ele gaste mais tempo na plataforma.
Spotify
O principal streaming de música do mundo utiliza o algoritmo de uma forma ligeiramente diferente. Um exemplo é a playlist “Descobertas da semana”, que é personalizada para cada usuário e conta com 30 músicas. Dessa forma, cada ouvinte descobre coisas novas, de acordo com o que ele já escuta.
Por isso, o Spotify utiliza o algoritmo para oferecer sugestões de acordo com o gosto musical do ouvinte. Os critérios utilizados também envolvem as playlists feitas pelos próprios usuários. Tudo isso é feito com a ajuda de Inteligência Artificial e uma das suas ramificações, o Machine Learning, a tecnologia também conhecida como “Aprendizado de máquina”.
Streamings de vídeos, como Netflix e Amazon Prime, também utilizam o algoritmo dessa forma. Caso você veja três filmes com o Tom Cruise em uma semana, por exemplo, é bem capaz de que as plataformas sugiram outras produções do ator para você.
Também é importante lembrar que é possível criar podcasts no Spotify. O algoritmo funciona da mesma forma: priorizando opções que tenham a ver com o que a pessoa já consome na plataforma.
TikTok
Pelo fato de o TikTok contar com vídeos resumidos, alguém pode pensar que a plataforma não preza pelo tempo que as pessoas passam na rede Errado: seus algoritmos trabalham incessantemente para oferecer conteúdo relevante para cada usuário e aumentar o tempo de permanência.
Um detalhe que diferencia o TikTok das demais redes sociais é que a plataforma não utiliza o número de seguidores de criadores, nem mesmo o engajamento em vídeos anteriores, para sugerir novos vídeos. Os critérios para a segmentação realizada pelo algoritmo são os seguintes:
- contas que a pessoa segue;
- vídeos adicionados nos favoritos;
- conteúdos marcados como “não gostei”;
- taxa de conclusão dos vídeos;
- comentários deixados no conteúdo.
Como o algoritmo se relaciona com criadores de conteúdo?
Cabe a quem produz conteúdo estudar o algoritmo das plataformas que ele usa em seu trabalho. Afinal, não basta criar algo bem escrito, é preciso que aquele material efetivamente chegue até o seu público-alvo.
Quando uma pessoa utiliza o Instagram como meio principal de comunicação, por exemplo, deve levar em conta aqueles critérios que mencionamos. Caso ela queira engajamento em seus conteúdos, é preciso estudar bem o público-alvo para criar aquilo que faça outras pessoas interagirem com a postagem.
Já alguém que utilize o TikTok precisa de uma estratégia diferente. Afinal, essa plataforma proporciona um alcance maior, já que as pessoas que o utilizam estão mais dispostas a conferir conteúdos produzidos por quem elas não seguem.
Do mesmo modo que a pessoa não precisa seguir para visualizar o conteúdo, ela também pode curtir e compartilhar caso goste do que está assistindo. Para produtores de conteúdo, o grande diferencial para conseguir esse alcance será a originalidade.
No caso do TikTok, criadores de conteúdo podem conseguir um novo público que esteja simplesmente navegando pela plataforma sem procurar algo específico. Caso o conteúdo seja bom o suficiente, a chance de ele chegar a novas pessoas aumenta muito.
Esse alcance tem um efeito colateral: as pessoas que postam com frequência também saem na frente no TikTok. Como quem utiliza a plataforma tem acesso a vídeos criados por qualquer um, é preciso se destacar por meio da constância de conteúdo.
Quem deseja criar um podcast de sucesso no Spotify também tem um desafio árduo. Para chegar a ser recomendado pela plataforma, o seu conteúdo tem que ter uma boa visibilidade. Para isso, é preciso divulgar o seu produto, fazer parcerias e, obviamente, criar material de qualidade e adequado ao público-alvo.
Neste post, pudemos ver o que é algoritmo, ou seja, a tecnologia que basicamente define o que é exibido para as pessoas nas redes sociais e plataformas. Produtores de conteúdo devem estudar atentamente as mudanças (que são notificadas pelas próprias empresas) caso queiram obter uma boa visibilidade.
Curtiu o artigo e quer ler mais sobre essa tecnologia? Então, não deixe de conferir o nosso post sobre o algoritmo do Instagram!